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Representante da extrema direita argentina quer acabar com o ministério da Educação

Para a saúde, Javier Milei quer um sistema privado em que cada cidadão pague por seus serviços. Na Educação, a intenção é eliminar a assistência social direta

Javier Milei (Foto: Reuters/Matias Baglietto)

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247 - Através do YouTube, diante de um celular e ao lado da pré-candidata a vice-presidente Victoria Villarruel, tendo como decoração duas bandeiras argentinas, Javier Milei apresentou seu Plano de Governo. Ele se posiciona contra o "Estado excessivamente grande", propondo manter apenas sete dos onze ministérios, e a favor de restaurar a posição da Argentina como "celeiro do mundo". Defende a eliminação de "90% dos impostos atuais" em oposição aos "parasitas". Em relação à segurança, defende a ideia de que "quem comete o crime, paga por ele". Na área econômica, propõe uma abertura total e, após fechar o Banco Central, permitir que os argentinos realizem comércio usando a moeda de sua preferência. Seu objetivo principal é que a Argentina retorne à sua condição do "século XIX". Aqui estão algumas das propostas do programa "La Libertad Avanza" (LLA):

Redução do tamanho do Estado - Caso assuma a Presidência, Milei planeja eliminar todos os ministérios, exceto os de Economia, Justiça, Interior, Segurança, Defesa, Relações Exteriores e "Infraestrutura" (referente a Obras Públicas). Uma das mudanças significativas é a criação do Ministério de "Capital Humano", que uniria os ministérios de Saúde, Desenvolvimento Social, Trabalho e Educação.

Possíveis demissões em massa - De acordo com o plano, o processo inevitavelmente levará a uma redução do número de funcionários públicos devido ao fechamento de ministérios, órgãos, secretarias, entre outros. No entanto, Milei assegura que não haverá demissões de funcionários públicos de carreira; eles serão realocados para áreas onde suas habilidades sejam necessárias. O foco estará na demissão de cargos políticos e nomeações feitas em 2023.

Abertura econômica, reforma trabalhista e câmbio - A abordagem de Milei é de um "Estado limitado, comércio livre e respeito à propriedade privada". Ele pretende reduzir despesas representando 15% do PIB após a diminuição do tamanho do Estado. Em seguida, buscará eliminar 90% dos impostos atuais, correspondentes a cerca de 2% do PIB. A reforma trabalhista visa integrar os 8 milhões de argentinos que estão fora do sistema, embora não haja detalhes específicos sobre como isso será feito. Essas medidas permitirão uma abertura econômica seguindo o modelo chileno, abrindo mercados para empresas argentinas e permitindo que os cidadãos comprem produtos do mundo todo.

Reforma no sistema judicial - Milei propõe nomear um ministro da Justiça que tenha origem no Poder Judiciário e seja respeitado por este. Ele também deseja um juiz da Suprema Corte sem filiação partidária, mas que compartilhe das "ideias de Alberdi". Além disso, busca um procurador-geral apartidário.

Saúde e Educação: setor privado - Na área da Saúde, a proposta é um sistema privado em que cada cidadão pague por seus serviços. Um "seguro nacional para doenças de alto custo" seria criado para abranger toda a população. Na Educação, a intenção é eliminar a assistência social direta e oferecer mais liberdade na escolha de conteúdos, além de implementar um sistema de vouchers para financiar famílias que não podem pagar pela educação.

Segurança: abordagem rigorosa - Milei critica a visão abolicionista e a cultura de considerar os criminosos como vítimas. Ele promete um apoio político às forças de segurança, controle efetivo e repressão rigorosa contra o crime, visando proteger a vida, a liberdade e a propriedade dos indivíduos.

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