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    Brasil e Argentina assinarão acordo para financiar exportações e reacender comércio

    Acordo prevê a abertura de crédito de bancos brasileiros para importadores argentinos e a criação de um fundo pelo governo brasileiro para garantir o pagamento dos empréstimos

    Janja, Lula, Alberto Fernández e Fabiola Yáñez (Foto: Reprodução)

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    Reuters - Os governos do Brasil e da Argentina assinarão um acordo durante a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Buenos Aires para financiar exportações brasileiras em operações com garantias do país vizinho com liquidez internacional, para tentar reacender o comércio entre os dois países, disse à Reuters uma fonte do governo brasileiro que participou das negociações.

    O acordo prevê a abertura de crédito de bancos brasileiros para importadores argentinos e a criação de um fundo pelo governo brasileiro para garantir o pagamento dos empréstimos.

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    Nessa operação, segundo a fonte, o banco paga diretamente ao exportador brasileiro, com garantia do Tesouro nacional, enquanto o Brasil recebe da Argentina o mesmo valor, depositado em Nova York, de títulos com liquidez internacional.

    “Pode ser títulos chineses, pode ser contratos de compra de gás, de trigo. Algo com liquidez internacional que garanta que, no caso de não pagamento pelo importador argentino, o Brasil possa acessar para compensar esse não pagamento”, disse a fonte.

    Toda a operação, segundo a fonte, seria feita em reais.

    O acordo prevê ainda a garantia de que as empresas brasileiras consigam retirar fundos da Argentina sem dificuldades. Sem divisas, o pais tem controlado a saída de recursos de empresas estrangeiras, o que não deve acontecer mais com as brasileiras.

    O acordo também prevê a organização de um grupo de trabalho para criação, em médio e longo prazos, de uma conta única de compensação na América do Sul nos mesmos moldes do negociado agora com a Argentina, mas mais sistematizado e com uma governança que autorize o acesso do país aos recursos se cumprir determinadas regras, como por exemplo inflação de um dígito e não estar em default.

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