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Tribunal Constitucional do Equador aprova presença militar dos EUA no país

A Corte afirma que os acordos não configuram uma aliança militar, mas sim uma "cooperação para enfrentar as atividades ilícitas, especificamente as relacionadas ao tráfico"

Militares patrulham as ruas no Equador (Foto: Prensa Latina )

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247 - O Tribunal Constitucional do Equador anunciou hoje a conclusão de acordos militares com os Estados Unidos que permitem a "presença temporária" de oficiais norte-americanos em território equatoriano, informa o portal Opera Mundi. Essas resoluções, assinadas ainda sob a administração do ex-presidente Guillermo Lasso, não requerem aprovação da Assembleia Nacional e entram em vigor sob o governo de Daniel Noboa, em meio a uma crise de segurança no país.

Os acordos, intitulados "Acordo relativo às operações contra atividades marítimas transnacionais ilícitas" e "Acordo Relativo ao Estatuto das Forças", autorizam a presença temporária de militares e civis dos Estados Unidos no Equador para realizar atividades como visitas de navios, treinamento, exercícios e operações humanitárias.

A segunda resolução busca fortalecer a intervenção conjunta dos dois Estados para prevenir, identificar, combater, impedir e interceptar atividades ilícitas, com foco especial em atividades marítimas, como o tráfico de drogas e o tráfico ilegal de migrantes. >>> LEIA TAMBÉM: Equador fecha acordo com EUA para aumentar cooperação em segurança e defesa em meio à onda de violência no país

O Tribunal Constitucional afirmou que os pareceres foram aprovados em plenário no dia 11 de janeiro, com seis votos a favor. Ressaltou ainda que os acordos não configuram uma aliança militar, mas sim uma cooperação para enfrentar as atividades ilícitas, especificamente as relacionadas ao tráfico.

No entanto, críticos questionam a decisão, expressando preocupações sobre a soberania nacional do Equador e a renúncia à possibilidade de processar infrações cometidas por militares ou civis dos Estados Unidos em seu território. Além disso, o acordo autoriza o governo dos EUA a exercer jurisdição criminal sobre infratores enquanto estiverem no território equatoriano.

O acordo também concede permissão para que aeronaves, navios e veículos operados pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos circulem livremente no território equatoriano, uma cláusula que gerou controvérsias e levantou questões sobre a autonomia do país.

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