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Vice-presidenta da Venezuela diz que bloqueio dos EUA é um “genocídio econômico”

Para Delcy Rodríguez, as sanções dos EUA fazem parte de uma política criminosa

Delcy Rodríguez, vice-presidente da Venezuela (Foto: Vice-presidência da Venezuela/Brasil de Fato)

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247 - A vice-presidenta executiva da Venezuela, Delcy Rodríguez, qualificou o bloqueio imposto pelo governo dos Estados Unidos ao povo venezuelano como um genocídio econômico. Ela enfatizou que o setor trabalhista é o mais afetado por essa política criminosa.

Rodríguez participou nesta terça-feira (16) no programa de TeleSUR, Conexão Global, no qual abordou aspectos econômicos.  

"Em meio a um bloqueio que continua vigente, a Venezuela não deixou ninguém para trás... Hoje estamos de pé, reconstruindo nosso modelo inclusivo, nosso modelo de proteção social", afirmou Rodríguez sobre os programas sociais e econômicos em favor do povo.

"E estamos fazendo isso com esforço próprio. O ano de 2024 se projeta como um ano de grandes avanços para o bem-estar dos venezuelanos...", acrescentou na entrevista.

Ela qualificou o discurso anual do presidente Maduro na Assembleia Nacional como extraordinário, destacando que 2023 foi um ano de avanço no desenvolvimento econômico e na estabilidade política e social da Venezuela. Rodriguez ressaltou a importância da união nacional para consolidar os avanços nas áreas política, social e econômica.

A vice-presidenta explicou que no ano passado o presidente Maduro apresentou aos trabalhadores a fórmula do salário mínimo integral indexado, concebido com base no princípio de que o salário não perca valor. Durante 2023, foi estabelecido um salário equivalente a 70 dólares para os trabalhadores ativos, mantido durante todo o ano, com políticas para controlar a inflação e garantir a estabilidade cambial.

Ela afirmou que o governo monitora constantemente esse indicador para evitar a perda de valor. Rodriguez valorizou o funcionamento dessa fórmula e anunciou que, a partir de 1º de fevereiro, o salário equivalente a 100 dólares será implementado para os trabalhadores ativos do setor público, enquanto os aposentados receberão 70 dólares. Os pensionistas, que ultrapassam 5,5 milhões, receberão 25 dólares, aumentando para mais de 30 dólares com a aplicação de outras fórmulas, como a distribuição de bônus sociais.

"O ano passado foi o ano de maior estabilidade no aumento do dólar", afirmou Rodriguez. Ela destacou a importância de um Estado forte e presente, sensível aos problemas vitais do país, e enfatizou que a Venezuela não renunciou ao Estado, implementando políticas para promover crescimento e desenvolvimento com igualdade.

Ela considerou que a maior dificuldade enfrentada pelo país é reconstruir o modelo do socialismo bolivariano a partir das cinzas, diante da destruição causada pelas sanções. Rodriguez afirmou que o modelo, oposto ao monroísmo e focado na inclusão e proteção dos mais pobres, foi reconhecido pela ONU antes do bloqueio.

Rodriguez apontou que uma das transformações orientadas pelo presidente Maduro é não depender da receita do petróleo e impulsionar setores produtivos ociosos. O país continuará desenvolvendo sua indústria petrolífera e aplicando políticas de financiamento para ativar todos os seus motores de desenvolvimento.

Ela reconheceu que a dependência tecnológica afetou os serviços públicos, enfatizando a necessidade de independência nessa área. Rodriguez destacou sua origem como trabalhadora e a importância da união nacional para superar as sanções, exigindo a revogação e responsabilização daqueles que solicitaram medidas unilaterais prejudiciais ao povo venezuelano.

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