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Ivan Rios

Sindicalista, historiador, crítico de cinema, escritor, membro do Comitê Baiano de Solidariedade ao Povo da Palestina, graduando em Direito, militante dos Movimentos de Promoção, Inclusão e Difusão Cultural no Estado da Bahia

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A Cruzada da extrema direita contra o Papa Francisco: uma batalha de valores

Em tempos de crescente obscurantismo, a figura do Papa Francisco emerge como um baluarte de luz e razão

Papa Francisco (Foto: Vatican Media/via Reuters)

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Nos últimos anos, o Papa Francisco tem se destacado como uma voz poderosa em favor da paz, da justiça social e dos direitos humanos. No entanto, essa postura humanista e progressista tem atraído a ira de movimentos de extrema direita ao redor do mundo, incluindo no Brasil. Esses grupos, que se disfarçam de defensores da moralidade e dos valores cristãos, têm lançado uma série de ataques contra o pontífice, utilizando-se de fake news e deturpações para minar sua autoridade e influência.

Entre os principais inimigos do Papa Francisco no cenário global, destaca-se Steve Bannon, ex-estrategista chefe de Donald Trump e mentor de movimentos populistas de direita, como o bolsonarismo no Brasil. Bannon tem aconselhado líderes como Matteo Salvini, ex-ministro do Interior da Itália, a atacar o Papa sobre questões sensíveis como a migração. Segundo fontes próximas à extrema direita italiana, Bannon considera Francisco um "inimigo" e sugere ataques frontais para desestabilizar sua imagem.

No Brasil, seguidores do arauto das desgraças, Olavo de Carvalho, e demais seguidores do bolsonarismo têm seguido a mesma cartilha. Utilizando-se de redes sociais e canais de comunicação alinhados com a extrema direita, esses indivíduos propagam fake news que distorcem as palavras e ações do Papa. Entre as principais deturpações, estão acusações infundadas de que Francisco promove a desordem social e é conivente com a imigração ilegal e até mesmo com práticas de pedofilia.

Esses ataques não são apenas desonestos, mas também profundamente perniciosos. A extrema direita utiliza o falso moralismo e a hipocrisia para justificar suas ações, enquanto promove uma agenda que desrespeita os direitos individuais e humanos. A desonestidade é uma marca registrada desses movimentos, que não hesitam em manipular informações para alcançar seus objetivos políticos.

A agenda fascista de Jair Messias Bolsonaro é um exemplo claro dessa estratégia perniciosa. Desde sua ascensão ao poder, Bolsonaro durante todo o seu governo promoveu políticas de ataque aos direitos humanos, à liberdade de imprensa e à diversidade cultural. Seu governo foi notadamente marcado por um discurso de ódio, que visava dividir a sociedade e fortalecer uma base de apoio radical e intolerante. Consubstanciado com os atos terroristas de 08 de janeiro de 2023. 

Importante saliente que, dentro da própria Igreja Católica no Brasil, ordens obscurantistas como a TFP (Tradição, Família e Propriedade) e os Arautos do Evangelho têm ocupado espaços significativos. Esses grupos promovem uma visão ultraconservadora e reacionária, que se opõe frontalmente às reformas e à postura inclusiva do Papa Francisco. Utilizando-se de sua influência dentro da Igreja, eles buscam minar a autoridade do pontífice e promover uma agenda que está em desacordo com os valores do evangelho.

A TFP e os Arautos do Evangelho têm se aliado a movimentos de extrema direita para disseminar desinformação e criar um clima de desconfiança em relação ao Papa Francisco. Eles utilizam publicações, redes sociais e eventos para propagar suas ideias e recrutar novos seguidores. Essa infiltração dentro da Igreja é uma ameaça real à unidade e à missão pastoral promovida por Francisco.

A mobilização da extrema direita global para destituir o Papa Francisco é uma operação complexa e ardilosa. Utilizando-se de campanhas de desinformação, pressão política e alianças com grupos conservadores dentro da Igreja, esses movimentos buscam criar um ambiente de instabilidade e contestação. O objetivo é claro: enfraquecer a liderança do Papa e promover uma agenda que favoreça seus interesses autoritários e excludentes.

O papel da extrema direita no cenário global é claro: ocupar espaços políticos e consolidar poder através do medo, da desinformação e do autoritarismo. Esses grupos se opõem a qualquer forma de progresso social que ameace sua visão estreita e excludente de mundo. O desrespeito aos direitos humanos é uma constante, com políticas que promovem a xenofobia, o racismo e a intolerância religiosa.

Em contrapartida, o Papa Francisco se destaca como um verdadeiro representante do humanismo. Desde sua ascensão papal em 2013, o pontífice tem trabalhado incansavelmente para promover a paz, a justiça social e a dignidade humana. Sua postura inclusiva e compassiva é um farol de esperança em um mundo cada vez mais polarizado e dividido.

Francisco tem se posicionado firmemente contra o racismo, a xenofobia e o ultra-nacionalismo, valores que estão em total desacordo com o evangelho cristão. Sua liderança tem sido crucial para evitar uma espiral perigosa em direção a um choque de civilizações, promovendo o diálogo e a compreensão entre diferentes culturas e religiões.

A agenda da extrema direita global, com seu fascismo renovado, representa uma ameaça real aos valores democráticos e aos direitos humanos. Em tempos de crescente obscurantismo, a figura do Papa Francisco emerge como um baluarte de luz e razão. Sua mensagem de amor, compaixão e justiça social é um antídoto poderoso contra o veneno do ódio e da divisão.

Para combater essa cruzada obscurantista, é fundamental que a sociedade se arme com a verdade e a educação. A disseminação de informações precisas e a promoção do pensamento crítico são essenciais para desmascarar as fake news e as deturpações propagadas pela extrema direita. Além disso, é crucial fortalecer as instituições democráticas e os direitos humanos, garantindo que todos tenham voz e proteção contra a opressão.

A união de forças progressistas e humanistas é outra arma poderosa nessa batalha. Movimentos sociais, organizações não-governamentais e líderes comunitários devem trabalhar juntos para promover a justiça social, a igualdade e a inclusão. A solidariedade e a empatia são valores que devem ser cultivados e defendidos, criando uma frente unida contra o autoritarismo e a intolerância.

Finalmente, a espiritualidade, mesmo sob a perspectiva de um agnóstico, desempenha um papel crucial no combate às forças obscurantistas. A empatia e o humanismo, aliados à racionalidade e à fé, são fundamentais nessa luta. A mensagem de amor e compaixão do Papa Francisco deve ser amplificada por todos nós — progressistas, comunistas, internacionalistas — e vivida no cotidiano, inspirando ações concretas em prol de um mundo mais justo e humano. Devemos promover a luz da razão e da verdade, que deve prevalecer sobre as trevas da ignorância e do ódio, guiando a humanidade rumo a um futuro de paz, dignidade e respeito para todos.

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