A demolição da cultura e da ciência e o desmantelamento de um país chamado Brasil
O que estamos assistindo ultimamente é a demolição deliberada da cultura e da ciência nacional, duas faces explícitas da destruição de um país!
O que estamos assistindo ultimamente é a demolição deliberada da cultura e da ciência nacional, duas faces explícitas da destruição de um país!
Fome, miséria, desemprego, pandemia, mortes, subemprego, baixos salários, gente na rua perambulando para sobreviver mais um dia, mesmo que seja para enfrentar uma enorme fila em busca de uma doação de ossos. Que situação vive o Brasil, resultado da política perversa dos grupos que assaltaram o poder a partir do golpe de 2016 e sua continuação em 2018, especialmente através da farsa da prisão do ex-presidente Lula e, consequentemente, das eleições fraudadas ocorridas no mesmo ano.
Há outras tragédias oriundas desse golpismo, como, por exemplo, a destruição do meio ambiente, particularmente do ecossistema amazônico, e a perversa política de preços da Petrobrás. Poderíamos ficar aqui multiplicando os exemplos de como o país está caminhando por rumos tortuosos e em direção ao abismo.
Mas há dois acontecimentos ilustrativos ocorridos em dois setores nacionais que representam de forma emblemática esse caminho de destruição do Brasil: o apagão do CNPq e o fogo que consumiu a Cinemateca.
Os investimentos em Ciência e Tecnologia sempre foram estratégicos em países cujos objetivos são o fortalecimento da soberania nacional e o desenvolvimento econômico e social. As universidades, os centros e os institutos de pesquisas são espaços fundamentais nos quais se situam diversos pesquisadores das mais variadas áreas, que produzem conhecimentos técnico-científicos essenciais para o desenvolvimento industrial, comercial, tecnológico, hospitalar, educacional, humano, dentre outros. São nesses espaços que se formam profissionais, inicialmente e continuadamente, com competências e habilidades necessárias para atuarem nas mais diferentes áreas profissionais. Ciência, tecnologia e recursos humanos são chaves para um país, menos para o atual (des)governo, que não se contentou em cortar verbas nessa área. O CNPq, a título de ilustração, recebeu a menor verba (o menor orçamento) dos últimos 21 anos. O apagão da última semana nada mais é do que o resultado deliberado desta política de desmonte da ciência nacional.
Por outro lado, a cultura nacional, que expressa os hábitos, os costumes e as práticas sociais e religiosas da população brasileira (formada por diferentes grupos étnico-raciais), é rica e diversificada. Em suas variadas formas e conteúdos – cinema, teatro, música, pintura, escultura, etc. – ela materializava essa riqueza, transmitindo mensagens que procuravam apontar para essa diversidade, sempre tendo como horizonte a alteridade, o diálogo e o respeito. Esse quadro foi ferido de morte pelo (des)governo que está aí, através de discursos e práticas de intolerância e ódio. O fogo que consumiu a Cinemateca recentemente retrata bem o que tem sido feito com a cultura nacional.
Tanto o apagão do CNPq quanto o fogo da Cinemateca têm valores simbólicos, respectivamente representam o escuro/obscurantismo e as cinzas/apagamento (das culturas indígenas e afrodescendentes).
O que estamos assistindo ultimamente é a demolição deliberada da cultura e da ciência nacional, duas faces explícitas da destruição de um país!
Fora Bolsonaro, milicos, empresários e demais apoiadores de tal (des)governo!
Fora!
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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