A vara subiu!
Em cenários ermos, turvos e sombrios, que são as três cidades de quem vai do RS para Sta.Catarina, os padrões dos analistas de paisagens políticas tem que, contraditoriamente, serem geniais, para serem claros, brilhantes e fáceis de entender
É uma boa e uma má notícia.
Uma metáfora insinuante para falar de algo que não conhecemos: o método jornalístico.
Não confundir com manual. Alguns jornais já cometeram este erro.
Este texto tem spoilers sobre hábitos futuros ainda não criados.
Sobre como desafios toscos exigem soluções geniais.
A revelação será a volta dos artifícios da fábula para entender o verso e o reverso da linguagem dos animais falantes.
E dizer que o sarrafo, para os analistas políticos, ficou bem mais alto.
Quem quer disputar medalhas na primeira divisão, o nível exigido é o olímpico. Bem acima do medíocre, vocês sabem.
Não dá mais para enganar dando pulinhos de metro e meio e se estatelando de bunda no chão.
A vara fixada mais ao alto exige muito mais engenho e arte. Requer decatletas.
Passando para o texto, tem que bater bola com Millor, Lobato, Esopo e Orwell.
Em cenários ermos, turvos e sombrios, que são as três cidades de quem vai do RS para Sta.Catarina, os padrões dos analistas de paisagens políticas tem que, contraditoriamente, serem geniais, para serem claros, brilhantes e fáceis de entender.
Não se combate o ruim com o mais ou menos.
Juntar neurônio A com B não é para empilhador de chavões.
(Me advertem que estou cometendo um ato dialético. Nada grave, por enquanto, só há punições, para esta contravenção, pagando cestas básicas).
De camarote, vejo muitos tentar atravessar os novos obstáculos passando embaixo deles. De quatro.
Os mansos não herdarão a terra. Serão os loucos furiosos. E muito velozes. Os novos superatletas terão que correr mais que estes também.
Não sei se o país melhorará nos próximos tempos, mas o jornalismo político vai ficar melhor, certamente. É só tentar entender a vida não pelo olhar de quem está na fazenda pastando.
Tem que olhar como fabulistas, que vieram com o clarear das sendas. Dos que ficaram rolando na lama dos tempos, porque serão compreendidos.
Principalmente pelos inocentes.
Estaria vindo um novo jornalista que é uma mistura de seres deste milênio com matusaléns sobreviventes de tudo?
Nós, os matusalém, me assinalo aí sem vergonha, dizemos que o passado é melhor pelo simples fato de ter passado.
Os milênios, por sua vez, nos ensinam spoilers para gostarmos de webnovelas e de podcasts, que é o rádio transmutado em galena.
E eu creio em bruxas e no ateísmo.
E no new jornalism quântico.
O poeta Bocage, que também era fabulista, tinha um método bem jornalístico que resolvia todos os seus problemas:
Com calma
cuspe e jeito
Vai-se ao CDU
De que qualquer sujeito
Eu, ontem, em 1977, no antigo pasto do bode, em Florianópolis, no celular do Mário Medaglia. O aparelho era dele, do Jornal O Estado ou viajou?
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