Alerj aprova projeto fundamental: torna patrimônio imaterial do Rio as telenovelas bíblicas da Record
Para você que vive no aprazível balneário do Rio de Janeiro, saiba que há políticos preocupados e empenhados em resolver os seus problemas
Por Denise Assis, para o 247
Para você que vive no aprazível balneário do Rio de Janeiro, ao som do mar e à luz do céu profundo, e que desfruta da brisa calma das tardes ensolaradas, saiba que há políticos preocupados e empenhados em resolver os seus problemas (?).
A pedagoga pós-graduada em Direito Infância e Juventude pela FEMPERJ, a deputada Jucélia Oliveira Freitas (a Tia Ju), do Republicanos, nascida em 19 de janeiro de 1968, na cidade de Conceição de Jacuípe (BA), aprovou na data de 27 de junho, recém transcorrido, a Lei Estadual nº 9738/22, que declara Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Estado do Rio de Janeiro, as telenovelas bíblicas produzidas em território Fluminense.
Levando-se em conta que tais produções foram exclusividade da TV-Record (leia-se, Bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus), a deputada legislou em nome do senhor, para perpetuar esse rico patrimônio. Quais sejam? Certamente você não se lembra, mas em 1997, a atração “O Desafio de Elias”, já mexia com as suas emoções. Ainda que o grande sucesso na TV, em termos de telenovelas fosse “Indomada”, daquele outro canal.
Levou tempo, mas a Record insistiu na catequização e na coleta de dízimo, até empinar uma “superprodução”, “A História de Ester” (2010). Cântaros e muitas sandálias de couro, acabaram por prender a atenção da parcela evangélica, fidelizada na telinha, cultos e... Comícios! Sim, eles já ensaiavam a migração para a política, onde hoje frutificam candidaturas como as da dedicada e candidata, claro, deputada “Tia Ju”.
E, já que deu certo, vieram a seguir outras atrações: “Sansão e Dalila”, em 2011; “Rei Davi”, em 2012 e “José do Egito”, em 2013, todas agora inclusas no quesito “Patrimônio Cultural”. Gilberto Gil pra quê, não é mesmo?
Pois saibam que quem classificou o projeto de “etéreo”, não tem a menor sensibilidade e não faz ideia do esforço da nobre deputada até colocar seu sonho no DO. O projeto tramitou de 2019 até o dia 27 (na segunda passada, portanto). E ainda dizem que deputados não trabalham às segundas-feiras...
A Tia Ju, que está no segundo mandato de deputada estadual no Rio de Janeiro, elegeu-se com 56.766 votos dos pentecostais cariocas, no ano de 2018. E, sim, teve o apoio da “famíglia” para chegar lá.
Entre um capítulo e outro de uma atração bíblica da Record, colheu votos e agora pode se apresentar novamente exibindo esse resultado do seu trabalho. Afinal, aprovou o importante e fundamental projeto para o pacato Estado do Rio de Janeiro. Mas, para não sermos injustos, é preciso mencionar que em janeiro de 2020, no ano em que fomos para casa, por causa da pandemia, ela assumiu a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro, ainda na gestão de Marcelo Crivella. Que dúvida!
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* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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