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Jorge Augusto de Almeida

Fundador e ex-coordenador geral do Sintuperj/UERJ

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Apesar de Tudo, Vai Passar

Segura aí que a pandemia vai passar. A pesar de tudo que deu errado a nível de governo, no tratamento da doença, as vacinas estão chegando. Sem carnaval viveremos muito bem, já sem saúde e com as vidas ameaçadas fica impossível. Então, no carnaval de 2022, vai passar pelas avenidas o nosso bloco popular e, em cada paralelepípedo, em cada esquina da cidade deixaremos a marca de um povo que soube superar as dificuldades com humildade, sem submissão e com valentia, sem arrogância!!!

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Hoje, assistindo a umas lives musicais com grandes sambistas do passado e alguns contemporâneos, bateu uma saudade imensa das rodas de samba da antiga e dos pagodes da atualidade, mas confesso... também do carnaval. Foi quando resolvi passar para o papel, em poucas palavras, algo que já vinha pensando há tempos, sobre toda essa questão que envolve a pandemia, a supressão dos feriados carnavalescos e dos eventos de alegria fugaz para os súditos do Rei Momo. 

Na minha viagem ao passado, na tentativa de me desligar dos noticiários que insistem em divulgar ora os números crescentes da pandemia mundo a fora; ora os absurdos na condução da política do toma lá dá cá que finca pé definitivamente no governo Bolsonaro, ouvi obras memoráveis de compositores de grandes Escolas de Samba: Paulo Benjamin de Oliveira, Antônio Candeia e Davi Correia/Portela; Silas de Oliveira, Ivone Lara e Beto Sem Braço/Império Serrano; Nelson Sargento, Mestre Cartola, Nelson Cavaquinho e Xangô/Mangueira; Toco/Mocidade Independente; Valter Cruz/Acadêmico de Santa Cruz, entre outros.

E como não falar sobre a lembrança de intérpretes inesquecíveis que nos fazem vibrar de alegria e emoção sempre que ouvimos os “gritos de guerra” nas vozes inconfundíveis de: Jamelão da Mangueira; Neguinho da Beija Flor; Roberto Ribeiro e Quinzinho da Império Serrano; Haroldo Melodia da União da Ilha do Governador; Ney Viana da Mocidade Independente; Rico Medeiros e Quinho da Acadêmico do Salgueiro; Silvinho do Pandeiro e  Dedé da Portela; Martinho da Unidos de Vila Isabel; Dominguinhos da Estácio de Sá e mais uma infinidade de excelentes compositores e intérpretes. 

Na verdade, classificar os cantores das Escolas de Samba como intérpretes, podemos dizer que aprendemos com o saudoso Jamelão, pois ele se negava a ser chamado de “Puxador de Samba Enredo” e exigiu a nova nomenclatura para a classe.    

Daí, como bom folião e amante do samba, fiquei pensando que a essa altura do mês de fevereiro estaríamos em pleno preparativos finais para a maior festa do mundo, o carnaval. Tudo isso, não fosse a pandemia causada pela covid 19, que submeteu o planeta ao confinamento com restrições jamais vividas nos últimos 100 anos. 

Mas para além de bom folião, sou muito mais pela ciência e, partindo desse princípio, estarei na linha de frente dos projetos de conscientização da população para evitar a subversão da ordem. Como seguidor e guardião dos ensinamentos científicos, serei também contrário às aglomerações, aos blocos clandestinos de foliões à serviço, subordinados ou incentivados por grupos negacionistas, que insistem em desafiar a ciência e vagam nas trevas do obscurantismo. 

Segura aí que a pandemia vai passar. A pesar de tudo que deu errado a nível de governo, no tratamento da doença, as vacinas estão chegando. Sem carnaval viveremos muito bem, já sem saúde e com as vidas ameaçadas fica impossível. Então, no carnaval de 2022, vai passar pelas avenidas o nosso bloco popular e, em cada paralelepípedo, em cada esquina da cidade deixaremos a marca de um povo que soube superar as dificuldades com humildade, sem submissão e com valentia, sem arrogância!!!

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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