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Fernando Mineiro

Deputado federal pelo PT-RN.

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Banco Central boicota o governo Lula

Ao travar o crescimento econômico, os juros altos afetam também, negativamente, a geração de empregos no país

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

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A insistência do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na manutenção da taxa básica de juros em exorbitantes 13,75%, mesmo diante de um cenário de queda da inflação, segundo indicou o último IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), é uma aposta deliberada contra  governo do presidente Lula.  O Comitê de Política Monetária (Copom) se apoia no argumento da “inflação de demanda”  para fazer com que o país continue praticando a taxa real de juros mais alta do mundo, mas a justificativa é desmontada pelos dados reais.

De acordo com o IBGE, a inflação oficial acumulada nos últimos 12 meses foi a menor desde janeiro de 2021: 4,65%. O presidente do BC, ao contrário do que se imaginava, minimizou a desaceleração do aumento dos preços, indicando que a taxa de juros deverá continuar alta por tempo ainda indefinido, prejudicando os esforços do governo federal para fazer com que a economia volte a crescer, com emprego, renda e uma vida melhor para a população.

Roberto Campos Neto usa a propalada autonomia do Banco Central, abraçada com devoção religiosa pelos agentes do mercado financeiro e seus porta-vozes na mídia, para agir como se fosse ele, e não o presidente eleito, quem de fato define as metas da economia do país.

Os juros abusivos, impostos ao país pelo BC, impactam negativamente a capacidade de investimento dos setores produtivos, podendo inclusive causar a falência de muitas empresas. Mas eles ferem de morte mesmo as famílias de menor renda que, devido à diminuição do poder de compra, são obrigadas a cortar gastos básicos, como alimentação, moradia e transporte. O resultado é aumento da fome, da pobreza e da miséria.

Outro efeito negativo dessa política monetária é o aumento do endividamento da população. Isso porque, com as taxas de juros nas alturas, as pessoas têm mais dificuldades de pagar empréstimos bancários, cartões de crédito e outros financiamentos, afetando em cheio o orçamento das famílias brasileiras.

Ao travar o crescimento econômico, os juros altos afetam também, negativamente, a geração de empregos no país, em razão da dificuldade que as empresas enfrentam para expandirem seus negócios. Isso torna ainda mais difícil o desafio das famílias carentes de encontrar trabalho, melhorar a renda e ter mais qualidade de vida.

Em resumo, os únicos a ganharem com as taxas de juros praticadas atualmente pelo Banco Central, que sob a liderança do seu presidente Roberto Campos Neto pratica um verdadeiro boicote ao governo do presidente Lula, são os especuladores financeiros,  que ficam cada vez mais ricos às custas dos interesses nacionais e do empobrecimento das famílias.

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