Bolsonaro, o cachorro louco
“Agora, que se vê contra a parede, cada dia mais pressionado por sua própria personalidade doentia, sai atirando contra o seu pior inimigo: o Poder Judiciário”, escreve o jornalista Milton Blay. “Bolsonaro sabe que só um golpe pode ‘salvá-lo’. Por isso está pior do que sempre, um mad dog pra lá de louco”
Bolsonaro é um “mad dog”, um cachorro louco daqueles que quando se veem acuados saem mordendo tudo e todos que passam pela frente. Sem medir consequências ou, pior ainda, sem se preocupar com elas por se acreditar dono da verdade. É e age como um ser que, conforme o litotes utilizado pela Folha de S. Paulo, é muito pouco inteligente, uma forma “diplomática” de chamá-lo de burro. O problema é que, além de néscio e louco, é também – e sobretudo – nazifascista, digno do que de pior existe na humanidade.
Seu sonho de matar 30 mil ficou no passado, já ultrapassou os 560 mil e deve chegar em breve ao milhão, em meio ao mais absoluto desprezo pela vida. Foi eleito unanimemente pela imprensa internacional, pela OMS e pela própria ONU, o pior dirigente do mundo no combate à pandemia, inimigo global n° 1.
Agora, que se vê contra a parede, cada dia mais pressionado por sua própria personalidade doentia, sai atirando contra o seu pior inimigo: o Poder Judiciário, que embora se negue a reconhecer está acima dele. No regime democrático, que talvez esteja vivendo os seus estertores, a palavra final é do STF e não da presidência da República . Diz-se nos meios judiciários que o Supremo é o último com direito a errar. Mas esta sutileza o capitão é incapaz de compreender.
Quanto mais ter as suas condutas recentes enquadradas em sete crimes! Calúnia, difamação, injúria, incitação ao crime, apologia ao crime ou criminoso, associação criminosa e denunciação caluniosa, como o fez o TSE.
Em mais uma das milhares de demonstrações de falta de educação, decoro e respeito, arroga-se o direito de qualificar o ministro Luis Roberto Barroso, da Corte Suprema e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, de mentiroso e “filho da puta”, o ministro Alexandre de Moraes de ditador imbecil, acusar o STF de querer “a volta da corrupção e da impunidade”, além de “estuprar” a Constituição. De sobra, ameaça sair das quatro linhas da Carta Magna.
Aliás, ao invés de ter assumido o cargo (usurpado por uma manobra golpista assinada Sérgio Moro) prometendo obediência à Constituição, ele devia ter jurado sobre seu livro de cabeceira « A Verdade Sufocada », de Carlos Brilhante Ustra, o único torturador da época da ditadura oficialmente reconhecido como tal. Teria sido mais condizente com o que ele é.
A respeito, ilegalmente como faz quase sempre, elevou o coronel torturador à patente de marechal, o que só é conferido por serviços prestados em tempo de guerra. Um mero detalhe graças ao qual as filhas do torturador assassino – Patricia e Renata - recebem pensão de R$15.307,90 cada, totalizando R$ 30.615,80. Vale lembrar que Brilhante Ustra foi para a reserva como coronel, o que no máximo, se passasse a uma patente acima, o conduziria a general de brigada, ou seja, três níveis abaixo do extinto grau de marechal.
Bolsonaro se refere a Ustra como herói nacional e considera-se fã número um do torturador, cujo prazer maior era martirizar suas vítimas, sobretudo mulheres, diante dos olhares apavorados dos filhos. Como ele gostaria de ter sido brilhante!
Mas verdade seja dita, conseguiu o que queria. De forma espúria, desonesta e antidemocrática, ascendeu à presidência da República, não para ser o presidente dos brasileiros e sim para realizar o sonho de ser comandante-em-chefe das Forças Armadas. Quando abre a boca para falar do “seu” exército seus olhos brilham de felicidade.
As Forças Armadas nos devem explicações. Ouvimos, vez por outra, palavras que negam apoio às tentativas de golpe. A mais recente da parte do comandante da Aeronáutica. Até hoje, porém, nenhuma alta patente militar falou em reagir para evitar o golpe. Ao contrário, os generais de pijama, que hoje mamam nas tetas do poder, apoiam a PEC do voto impresso, que tem um só e único objetivo: criar uma situação caótica à americana, com Bolsonaro no papel de Donald Trump, seu ídolo.
E passa a boiada!
Há loucura em Bolsonaro, mas também há método. Comete-se crimes em série rumo à destruição do Estado de Direito com o objetivo de chegar à tirania. É uma sequência sem fim de investidas contra a democracia, entremeadas de mentiras, de negociatas, de corrupção, de empobrecimento, desemprego, desprezo e morte. O país vive sob o império da insanidade e do nazifascismo, enquanto o candidato a ditador tenta destruir as instituições como forma de se manter no poder. "Só Deus me tira dessa cadeira”.
Seus deuses são os presidentes da Câmara e do Senado e o pseudo procurador-geral da República, Augusto Aras, um sujeito asqueroso, imoral, pestilento e sórdido, que se ajoelha como um capacho em frente do Senhor. Desde o primeiro dia se travestiu em Advogado-Geral da União, papel que desempenha “à merveille”!
O último recurso de Jair Bolsonaro e sua claque é o golpe, já que pelo voto será escorraçado do poder em 2022, quando trocará o conforto do Alvorada pela austeridade celular da Papuda.
Bolsonaro sabe que só um golpe pode “salvá-lo”. Por isso está pior do que sempre, um mad dog pra lá de louco.
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