Com medo de ser preso, Bolsonaro abortou golpe
Mas isso não vai evitar sua futura prisão
Há quem ache que Alexandre de Moraes deveria manter Bolsonaro de focinheira, de preferência ajoelhado no milho, num canto da sala, mas a realidade mostra que é melhor deixá-lo falar, quanto mais fala, mais se enrosca.
Ele já disse, espontaneamente, ter cogitado decretar estado de sítio depois da eleição de Lula. Estado sítio por que? Para que? A não ser criar dificuldades para a posse do sucessor e manter-se na presidência?
Jamais, em tempo algum, um presidente brasileiro cogitou decretar estado de sítio depois de perder a eleição.
Quem não tem más intenções, reconhece a derrota e entrega a faixa ao vitorioso.
Ele também já disse que ninguém dá golpe com um general da reserva e meia dúzia de oficiais, confessando ter abortado o plano quando o comandante do Exército não só não aderiu, mas ameaçou prendê-lo se ele seguisse adiante.
Tudo indica que ele abortou o golpe com medo de ser preso.
Ontem, em mais uma entrevista histriônica (ele está à beira de um ataque de nervos), clamou por anistia, sem se tocar que só tem direito a anistia quem já está condenado.
Ou seja, ele já se condenou.
Ao exercer o seu legítimo direito de defesa, produz provas contra si próprio.
Parou o golpe para não ser preso pelo comandante do Exército.
Mas não tem como evitar ser preso pelo STF num breve futuro.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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