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Jair Antonio Alves

Dramaturgo

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Como a má saúde de Temer pode ajudar a salvar o Brasil?

Não desejo a ele entrar em nenhuma fila a espera de uma quimioterapia, transplante de rim, aparelho auditivo, exame de ressonância magnética, muito menos de um leito hospitalar. Desejo a ele um Natal entre seus familiares e sem tornozeleira eletrônica, mas que nos deixe em paz

Temer (Foto: Jair Antonio Alves)

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Como a má saúde de Temer pode ajudar a salvar o Brasil? Piorando!

Vivemos tempos sombrios, não há dúvidas. Não há espaço para bons samaritanos diante de tanta hipocrisia, irresponsabilidade e má fé de setores importantes da vida nacional que deixaram claro a que vieram. A destruir a vida, economia e cultura do Brasil, tornando-se uma cena recorrente nos noticiários veiculados mesmos órgãos de imprensa diária inventaram o atual estado de coisas. Tanto que nem mesmo o palhaço que forjou a frase "pior do que está não vai ficar" equivocou-se. Ele pediu pra sair. As vertentes que são apresentadas como alternativas para a crise não passam de despistes de um caos institucional com perigosas consequências para o futuro.

O que tem a dizer um dramaturgo brasileiro (existem milhares) a respeito do momento atual, considerando que sua centenária entidade de representação está às portas da falência por obra contínua dos descalabros sofridos pela cultura nacional? Falo da SBAT (*).

Há um ditado popular que diz que o médico exagerou nos remédios para "combater certa doença" e acabou levando o paciente a óbito. Pois bem, no Brasil, o mercado e seus conjurados, não os brasileiros diga-se, disseminaram que uma onda de corrupção havia tomado este país e que urgentemente era preciso extirpar esse mal. Inventaram um crime e o seu castigo, e como diz a música popular – se esqueceram de inventar o perdão. Mergulharam a todos nós num labirinto sem apresentar saída que convencesse a maioria de que amanhã – vai ser outro dia. O único nome, e não empresa, a retirar o Brasil do lodaçal está prestes a ser condenado e trancafiado, ao lado, quem sabe, do maior contraventor que este solo produziu? Falo de Paulo Maluf.

Diante da perversidade da situação criada e pensando nos milhões de cidadãos com destino incerto a partir do ano que se inicia, torço para que os sintomas do alto mandatário piorem para que a saúde geral da Nação ganhe novo folego. Que seja afastado sim e que vá curar suas dores na melhor casa de recuperação que sua herança permitir. Não desejo a ele entrar em nenhuma fila a espera de uma quimioterapia, transplante de rim, aparelho auditivo, exame de ressonância magnética, muito menos de um leito hospitalar. Desejo a ele um Natal entre seus familiares e sem tornozeleira eletrônica, mas que nos deixe em paz.

Na sequência e imediatamente o ocupante principal da Mesa da Câmara convocará eleições (presidente e vice. Obs.: a Lei não fala se a seria competição de chapa ou nomes individuais) para trinta dias. Nesse caso que o líder das pesquisas se candidate, sabendo que em breve poderá se licenciar para concorrer à eleição regular em outubro. Tudo não passa de uma encenação, sabemos que não vai ganhar diante de um Congresso que na sua maioria tem integrantes que não seriam escalados para povoar o Brasil à época da colonização dado ao alto grau de periculosidade. Falo de assaltantes, criminosos portugueses do século XVI que para cá vieram.

Se não resolver ao menos chamaremos a população, agora assustada, a decidir sobre seu destino no ano que se inicia. Seria também um caso raro aonde a doença veio para salvar o paciente, não os remédios.

Jair Antônio Alves – dramaturgo brasileiro

(*) entidade que congrega os Autores teatrais brasileiros, fundada por Chiquinha Gonzaga, está a beira de fechar num descaso absoluto das entidades estatais.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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