Depois de Lula no JN, nada será como antes na campanha
"'O senhor não deve nada à Justiça': reconhecimento foi o divisor de águas da entrevista e têm enorme potencial para influenciar a campanha", diz Bepe Damasco
Antes de sua performance segura, envolvente, propositiva e espirituosa, na entrevista ao Jornal Nacional, Lula deparou como uma frase surpreendente de William Bonner, logo na introdução à primeira pergunta:
“O senhor não deve nada à justiça”.
Este reconhecimento não só foi o divisor de águas da entrevista, como também têm enorme potencial para influenciar a campanha daqui para frente.
Isso não é pouca coisa.
Líder da caçada ao ex-presidente, o Grupo Globo acabou se curvando às evidências escancaradas pela suspeição de Moro e a inocência de Lula atestada em 21 processos pelo Judiciário.
Para além de ter poupado Lula de detalhar cada uma dessas sentenças, empreitada para a qual havia se preparado, o fato de a Globo ter “enfiado a viola no saco” joga um balde água gelada sobre a estratégia de campanha de Bolsonaro, centrada em tentar colar em Lula a pecha de corrupto.
De quebra, manieta e isola ainda mais o desesperado Ciro Gomes, que não sabe fazer outra coisa na campanha que não seja ofender Lula.
Vencida a etapa da entrevista ao JN, Lula parte ainda mais seguro e relaxado para o primeiro debate, neste domingo, na Band. Até adversários admitem que Lula caminha a passos largos para a vitória.
E com chances reais de liquidar a fatura no primeiro turno.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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