'Deu ruim no governo': chamem os três patetas, por favor
Segundo a ANP, pelo contrário, o lucro dos postos aumentou brutalmente durante a crise, mostrando que, neste maravilhoso sistema capitalista abençoado pelo deus argentário das igrejas multitudinárias que vendem água de torneira, em que vivemos, não existe solidariedade
Como avisamos que iria acontecer, quando o governo fez seu teatrinho e anunciou, pela primeira vez o “acordo” com os caminhoneiros, não adiantou diminuir impostos nem tabelar em 36 centavos a queda de preço - os outros combustíveis continuam aumentando - que o valor do diesel não caiu nem a pau nas bombas dos postos de gasolina.
Segundo a ANP, pelo contrário, o lucro dos postos aumentou brutalmente durante a crise, mostrando que, neste maravilhoso sistema capitalista abençoado pelo deus argentário das igrejas multitudinárias que vendem água de torneira, em que vivemos, não existe solidariedade, patriotismo e cidadania e os interesses estão voltados, primeiro, para o próprio bolso, quando se trata do “empreendedor” brasileiro.
A solução, que o governo se recusa a enxergar, dirigindo o país com a firmeza de um cachorro que caiu do caminhão de mudança e de forma mais desastrada que o trio de personagens de Moe, Larry e Curly, dos Três Patetas, passa por permitir a compra de combustível por associações e cooperativas de caminhoneiros direto das distribuidoras e, principalmente no interior, dos produtores de biodiesel; aumentar imediatamente a produção de diesel nacional nas refinarias da Petrobras, abandonando a política parentista de importar cada vez mais combustível norte-americano que tem que ser pago em dólar; e parar de vender de maneira frankensteiniana, a preço de banana, como se de um cadáver se tratasse, pedaços da estrutura da Petrobras para os gringos, fazendo com que a empresa se veja impedida de ganhar em todas as fases - do poço ao posto - os recursos de que necessita para cumprir, agora e em longo prazo, o seu papel estratégico de abastecer o país.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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