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    Paulo Henrique Arantes

    Jornalista há quase quatro décadas, é autor de “Retratos da Destruição: Flashes dos Anos em que Jair Bolsonaro Tentou Acabar com o Brasil”. https://noticiariocomentado.com/

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    Enquanto Lula engaja o mundo no combate à fome, vale lembrar alguns "feitos" diplomáticos de Bolsonaro

    "Nunca houve termos de comparação entre Lula e Jair Bolsonaro"

    Líderes do G20 posam para foto oficial durante reunião de cúpula no Rio de Janeiro 18/11/2024 (Foto: REUTERS/Pilar Olivares)

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    Lula e a diplomacia brasileira merecem aplausos efusivos pelo desempenho no G20 / Rio. Conceber e engajar 82 países numa Aliança Global contra a Fome não é pouca coisa, e coloca definitivamente o presidente brasileiro no rol das lideranças globais - um verdadeiro influencer do mundo real, exterior à dissimulação das redes sociais.

    Nunca houve termos de comparação entre Lula e Jair Bolsonaro, diferentemente do que pretendem nos fazer crer os apregoadores de uma tal “polarização”. Não há parâmetros, posto que o segundo sempre esteve fora do espectro democrático.

    De fato, é bastante tedioso compará-los. Só que este jornalista fraquejou diante da oportunidade de rememorar algumas pérolas do capitão quando nos envergonhava como chefe de Estado, no exato momento em que Lula consegue um raro consenso global.

    Ria ou chore, raro leitor, rara leitora. Os fatos a seguir remetem a 2019, primeiro ano de Jair Bolsonaro como Presidente do Brasil (aguarde novas listas de aberrações).

    •⁠ ⁠No Fórum de Davos, na Suíça, Bolsonaro fez um ridículo discurso de oito minutos (seu tempo era de até 45 minutos) em que disparou máximas religioso-reacionárias como “Deus acima de tudo” e mantras extremistas locais como “Não queremos uma América bolivariana”;

    •⁠ ⁠Em abril, a lado de Benjamin Netanyahu, visitou o Muro das Lamentações em Jerusalém Oriental, território considerado em disputa pela comunidade internacional, chocando-se com a posição da ONU e ofendendo os palestinos;

    •⁠ ⁠Tentou emplacar - sem sucesso, para a felicidade geral - o filho Eduardo como embaixador nos Estados Unidos. O 03 não pertence ao Itamarati, não é graduado em Relações Internacionais e nunca exerceu cargos ou funções na área;

    •⁠ ⁠Em setembro, na 74ª Assembleia das Nações Unidas, atacou a Europa por “promover falácias” sobre o meio ambiente no Brasil, entre outras grosserias. O jornal britânico The Guardian referiu-se à fala o mandatário brasileiro como uma “defesa insana e conspiratória”; o francês Le Monde escreveu que Bolsonaro demonstrou “intolerância”.

    •⁠ ⁠Em 23 de agosto, ofendeu a primeira-dama francesa, fazendo referência ao fato de Brigitte Macron ser 24 anos mais velha que o marido, o presidente François Macron. O ministro da Fazenda, Paulo Guedes, fez coro ao presidente no estúpido comportamento;

    •⁠ ⁠Esqueceu dos nossos laços históricos, das relações comerciais, diplomáticas e de boa vizinhança com a Argentina e não cumprimentou o então presidente-eleito Alberto Fernández.

    •⁠ ⁠Sob Bolsonaro, o Brasil votou contra, em novembro de 2019, uma resolução da ONU pelo fim do embargo americano a Cuba (houve 187 votos favoráveis ao fim do embargo; ficamos com Estados Unidos e Israel);

    •⁠ ⁠Entusiasmado bajulador do presidente Donald Trump, Bolsonaro fez com que o Brasil liberasse de visto de entrada no país os turistas americanos. A contrapartida do Tio Sam? Nenhuma.

    Agradecemos a Carta Capital pelo refresco de memória.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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