Faça as malas, segure a carteira!
A temporada de férias, para muitos, começa apenas em dezembro, mas para aqueles já estão educados financeiramente, iniciou em setembro e chega ao seu ápice agora, na segunda quinzena de outubro
É impressionante como o custo Brasil trava o crescimento econômico, persiste em fadar nossas atividades empresariais a se arrastarem para informalidade ou até mesmo a fecharem as portas antes do tempo de maturação.
Custo de energia crescente, despesas com burocracias prévias ao funcionamento da empresa e estrutura tributária que prejudica os adimplentes, são fatores que pesam a mão sobre as possibilidades de crescimento nacional. Ações como REFIS da crise e outras medidas lançadas pelo governo federal, apenas contribuem para que as empresas continuem sem promover a arrecadação de impostos em conformidade com a lei, prejudicando assim aquelas que sacrificaram seu caixa.
A falta de organização do Estado atrapalha o pleno desenvolvimento das atividades empresariais, além de impedir a disseminação do planejamento como forma de ferramenta eficiente para se construir um processo de desenvolvimento socioeconômico.
O brasileiro, de forma geral, não planeja sua vida financeira e perde grande parte de capital disponível pelos meandros dos impostos, juros e ausência de visão de médio prazo.
A temporada de férias, para muitos, começa apenas em dezembro, mas para aqueles já estão educados financeiramente, iniciou em setembro e chega ao seu ápice agora, na segunda quinzena de outubro. É agora a hora de se tomar a decisão para onde seguir em dezembro e janeiro. A tomada de decisão do planejamento orçamentário familiar tem sua inflexão sobre este mês.
Além disso, quando tentamos embarcar em alguma viagem, há ainda o receio de que o vôo vá atrasar, e que o tempo em solo da aeronave tende sempre será maior que o planejado. Conexões quase sempre são perdidas, e as notícias que aparecem são temerárias. A Infraero cortou parte da verba vinculada a manutenção nos aeroportos, fazendo com que muitos usuários temam pelo pleno funcionamento.
O que já era caótico, promete ficar ainda pior. Os aeroportos privatizados ganharam um aporte de investimentos, mas estamos naquela fase em que podemos sintetizar uma antiga mensagem: os transtornos passam, as obras ficam. Tenhamos paciência em nossas férias para conseguirmos chegar e voltarmos do merecido repouso.
Pensando na organização das finanças pessoais, para quem pretende viajar ao final do ano, o prazo para planejar e assumir um compromisso está se esgotando. Os melhores pacotes de viagens, com datas atrativas, condições de pagamento e horários de vôos começam sempre a se esgotarem na segunda parte do mês de Outubro.
Mesmo com um crescimento econômico modesto, os números de emprego e renda continuam fortes, somados às linhas de crédito para o turismo, farão com que a demanda suba de patamar.
Viajar este ano demandará planejamento orçamentário rígido, pois, se de um lado o custo alto dos pacotes e hospedagens nacionais contrapõem com a possibilidade de uma alta do dólar quando do retorno das compras e despesas, não podemos esquecer do horizonte de despesas que o novo ano traz consigo.
A orientação é: tente pagar o máximo possível do pacote antes da viagem, liberando o fluxo de capital para que após o retorno, em caso de surpresas cambiais ou exageros ao que estava orçado, haja espaço no orçamento para tais ajustes. Evite financiar a viagem, fazendo com que o descanso não se torne posterior dor de cabeça. Os juros podem ser tentadores, mas se a viagem não cabe no orçamento, adiar é uma ótima solução, e replanejar as condições é uma alternativa.
Outro ponto importante é verificar se, de fato, um pacote montado via agência de turismo é efetivamente mais barato que uma viagem montada, que significa se apoiar em sites que comparam vôos e hotéis.
Antes, as ferramentas de comparação de vôos e hotéis não conseguiam capturar as diversas opções. Hoje, transformaram-se em fontes de desconto e preços promocionais. Há ofertas exclusivas para os buscadores de vôos e hospedagens.
Para quem vai encarar uma viagem internacional, a compra da moeda precisa ocorrer de forma modulada, para que, ao longo do tempo, as altas e baixas nas cotações oscilem e amortizem as perdas. Da mesma forma, os ganhos podem ocorrer caso o câmbio saia do equilíbrio, fato que dificilmente será convergente neste curto espaço temporal de dois meses.
A viagem internacional merece algumas observações, como por exemplo a contratação de seguros de viagens, que oferecem cobertura desde acidentes pessoais, perda de bagagem a cobertura de despesas de saúde. Imprevistos acontecem, e os seguros amenizam os riscos.
As compras com o cartão de crédito serão taxadas com IOF, e estarão sujeitas as flutuações do preço da moeda estrangeira quando do fechamento da fatura. Os famosos cartões pré pagos, ou Travel Cards são excelentes opções para quem não quer caminhar com dinheiro em espécie.
Opções de Hostels deverão ser analisadas para quem aceita um pouco menos de conforto em prol de uma diária mais justa. Há albergues chancelados mundialmente pela qualidade de seus serviços, que oferecem quartos duplos, com banheiros e instalações muito melhores que hotéis tidos como melhores. A internet é a principal ferramenta de busca, e aproxima as opções. Fóruns e comunidades nas mídias sociais são um prato cheio de informações, prontas para serem validadas e aproveitadas.
Recomendação de Livro para Leitura: Antônio Ermírio de Moraes - Memórias de Um Diário Confidencial – Editora Planeta.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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