Imperialismo persegue barbaramente o povo russo
A Otan colocou a Rússia contra a parede e agora está perseguindo o povo russo ao passo que tenta escantear a cultura russa
Para retaliar o governo Putin, os países imperialistas da Europa e os EUA começaram uma guerra contra o povo russo e sua cultura. Uma campanha covarde para pressionar Putin e enfraquecer seu apoio entre os russos. Sem se preocupar com o estrago à cultura que estão promovendo, estudantes russos estão sendo expulsos de universidades e artistas estão sendo demitidos ou impedidos de se apresentar.
Sobre os estudantes, a alta comissária para os Direitos Humanos na Federação da Rússia, Tatiana Moskalkova, discutiu com o Ministro da Educação da Rússia, Valery Falkov, medidas de proteção.
“O ministério está tomando medidas para proteger os direitos dos estudantes expulsos de universidades da França, República Tcheca, Bélgica e outros países europeus devido à situação na Ucrânia”, disse Tatiana.
Ainda sobre as universidades europeias, a Universidade Bicocca, localizada em Milão, na Itália, cancelou um curso livre e gratuito sobre a obra do escritor russo Fiódor Dostoiévski.
Dostoiévski não foi o único no mundo das artes, ao contrário do autor, que morreu em 1881, diversos artistas russos vivos estão sendo demitidos e perseguidos. O maestro Valery Gergiev foi demitido da Filarmônica de Munique por “falhar em denunciar Putin” ou “se distanciar do seu amigo próximo Vladimir Putin”. Não só a filarmônica, mas também o Scala de Milão, o Festspielhaus Baden-Baden, maior sala de ópera da Alemanha, e a Elbphilharmonie de Hamburgo cortaram relações com o músico. Outras salas de espetáculos e concertos através da Europa estão cancelando festivais que contariam com a participação de Gergiev.
Outro russo afetado foi o jovem prodígio de 20 anos, Alexander Malofeev, que teve sua apresentação pela Vancouver Recital Society no Canadá cancelada. Anna Netrebko, considerada por muitos uma das, ou a, maior soprano atuando, foi demitida do teatro Metropolitan de Nova Iorque após ter se apresentado quase 200 vezes na casa. Anna foi intimidada pelo teatro diversas vezes para denunciar Putin, mas negou-se e, por isso, foi demitida. Peter Gelb, gerente do Met disse cinicamente que era uma grande perda e ressaltou que foi umas das maiores cantoras que passou pelo Metropolitan.
Esses artistas citados já haviam adquirido fama e reconhecimento, mas vários jovens talentos serão negados para provar seu valor, pois os concursos de piano europeus, como o de Dublin, na Irlanda, fecharam suas portas para os concorrentes russos.
O mundo da música ficou mais pobre graças à perseguição hipócrita do imperialismo. A Rússia é conhecida por produzir vários músicos de alto nível, afastá-los e puni-los é atacar a cultura mundial. Assim como retaliar contra a literatura russa é flagelar um enorme patrimônio da humanidade.
Trata-se de uma enorme barbaridade a perseguição contra o povo russo. O imperialismo cerca a Rússia, desrespeita as próprias regras internacionais que ele mesmo estabeleceu, usa-se dos ucranianos como escudo, e depois persegue os russos como os nazistas perseguiram os judeus e os comunistas. Estudantes e artistas estão sendo forçados a atacar Putin, e caso recusem são tratados como párias internacionais.
Esse método de perseguição pariu os linchamentos modernos de ‘internet’ promovidos pelos grupos identitários. O capitalismo entrou em uma etapa de censura e perseguição à cultura e à arte. É comum em épocas de crise. O capitalismo está em um estágio avançado de putrefação, e a burguesia imperialista colocou seu jugo na sociedade. Qualquer um que ouse enfrentar, fisicamente, ou apenas no mundo das ideais com o imperialismo é esmagado. Isso alimentou a turba da pequena burguesia histérica que pede sangue toda vez que um artista ou uma figura pública é acusada de cometer, ou comete, um ato imoral, ou aparentemente imoral, segundo os costumes podres desta sociedade falida.
Precisamos denunciar a perseguição aos russos, e também defender a liberdade de expressão.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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