Lei Mourão, Veja, IstoÉ, Época e o PSDB
O general Hamilton Mourão, vice do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), certamente será citado em manuais de marketing sobre "tudo aquilo que um vice não deve falar em uma campanha eleitoral". Ele é capaz de dar vida a temas que estão fora de qualquer discussão, questões cujo posicionamento causam imensa polêmica porque atingem a todos indiscriminadamente
O general Hamilton Mourão, vice do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), certamente será citado em manuais de marketing sobre "tudo aquilo que um vice não deve falar em uma campanha eleitoral".
Ele é capaz de dar vida a temas que estão fora de qualquer discussão, questões cujo posicionamento causam imensa polêmica porque atingem a todos indiscriminadamente. Ora, em campanha eleitoral, o candidato evita, foge de certos temas por serem polêmicos ou pela polêmica que podem suscitar.
Agora, imagine quando ninguém – imprensa, empresários, trabalhadores, políticos, partidos, enfim -trata sobre determinado assunto e o próprio fulano é quem puxa a fila de discussão.
"Será um idiota?!
É o caso da questão do 13º salário. Por causa dele, Bolsonaro mandou, mais uma vez, o general se calar.
Como dizia um amigo meu, ainda bem que os "milicos" nada entendem do jogo político. Se compreendessem, com o nível de informação de bastidores que detêm, seriam protagonistas, não simples cumpridores de ordens e tarefas.
O fato é que os candidatos do PSL foram atacados pelas outras candidaturas. A munição é excelente e vai durar toda a campanha.
Esse tiro de canhão, imprevisto, é somado aos disparos articulados pelo tucanato paulista contra o PT e o PSL - apontados nas pesquisas com prováveis adversários no segundo turno – através das principais revistas de circulação nacional publicadas nesta sexta-feira (28): Veja, Época e IstoÉ.
As duas primeiras trazem em suas capas Jair Bolsonaro. Ele é acusado de violência e enriquecimento e de contratar uma empresa laranja responsável pela produção de vídeos de TV e redes sociais.
A IstoÉ mira em Lula e no PT. Afirma que o ex-presidente manda bilhetes pedindo apoios a lideranças e articula pagamentos enviados por jatinhos em troca de apoios políticos para Fernando Haddad.
Sem discutir verdade e mentira e até meia verdade, tudo deve ser investigado. Agora, as revistas soam como suspeitas porque não tratam também das denúncias contra Geraldo Alckmin e o seu entorno em São Paulo.
O que mais parece é que está em ação uma estratégia articulada para usar as últimas bombas contra Bolsonaro para trazer de volta os antigos eleitores tucanos decepcionados com a sigla e os antipetistas que migraram para o candidato de extrema direita.
Da mesma forma que o ataque tenta impedir o crescimento de Haddad, busca puxar para o PSDB o eleitor antibolsonaro que deve votar no PT, no PDT ou na Rede.
Certamente, caro leitor, essas notícias servirão de combustível para difusão nos telejornais e na propaganda eleitoral. Além disso, é bastante provável que a qualquer momento algum membro do MPF peça abertura de inquérito para apurar as denúncias.
É assim que a banda toca na aliança entre procuradores, juízes, meios de comunicação e alguns partidos e políticos.
EM TEMPO: Na véspera do final de semana, talvez já inspirado por isso - o criativo jornalista Edberto Ticianelli propõe, publicamente, a criação da Lei Mourão. Creio que o autor da ideia não se incomodará se algum deputado ou senador alagoano simpatizante da dupla de ex-militares do Exército apresentar a proposta abaixo no Congresso Nacional.
LEI MOURÃO:
"Art. 1° - Trinta segundos após a instalação do Império Bozonazista, ficam extintos o 13° Salário e Férias para os trabalhadores brasileiros.
Art. 2° - Quem achar ruim que vá tomar no olho da jabuticaba.
Assinado, soldado Mourão, ex-general da reserva do Íbis Sport Club, o pior time do mundo."
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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