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    Marcos Bagno

    Professor, doutor em filologia, linguista e escritor. É autor do livro "Preconceito Linguístico", publicado há 20 anos e marco nos estudos da linguagem, com mais de 50 edições.

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    Masculinidade branca é a grande derrotada do século 21

    Como escreveu Débora Diniz, o macho branco narcisista odeia ver gente mais inteligente que ele e, sobretudo, mais feliz e transformando o mundo

    Semana LGBT e o amor (Foto: Vanessa Carvalho/Brazil Photo Press/Folhapress)

    A masculinidade branca heteronormativa ocidental (MBHO) é a grande derrotada do último século. Com a luta e a resistências das mulheres, das negras e dos negros, dos povos indígenas, dos LGBTQI+, aqueles que mandaram, comandaram e desmandaram durante séculos a fio se viram desafiados, desautorizados, quando não simplesmente ridicularizados. 

    Mulheres na presidência ou no governo de diferentes países, negrxs em postos de comando mundo afora, lésbicas e gays como chefes de governo e/ou presidentes de grandes conglomerados transnacionais (caso da Apple), políticas de emancipação e de redistribuição justa dos direitos e dos deveres, as epistemologias pós-coloniais e decoloniais, a explosão das linguagens que se opõem à norma padrão do patrão etc. - tudo isso foi demais para a MBHO, que, por sua própria essência anquilosada, não conseguiu acompanhar nem de longe esses avanços. 

    Por isso a MBHO tenta desesperadamente recuperar seu poder antes indiscutido e seu privilégio perdido de excluir, explorar, violentar e matar à vontade. 

    Como escreveu Débora Diniz, o macho branco narcisista odeia ver gente mais inteligente que ele e, sobretudo, mais feliz e transformando o mundo. É nosso dever derrotar para sempre a MBHO porque ela representa tudo o que há de pior na humanidade, porque a MBHO mata gente e destrói o planeta. 

    Esse punhado de psicopatas com sério déficit cognitivo que assaltaram o poder no Brasil representam os estertores dessa ordem multimilenar que se vê agora obrigada a se entrincheirar atrás das armas e da cultura do machismo mais abjeto. 

    O autoerotismo fascista da MBHO é evidente, ofuscante como o sol do meio-dia no Saara: esses homens sem hombridade se adoram, se veneram, se exibem uns aos outros, se excitam uns com os outros e, justamente por isso, odeiam tudo o que não seja feito à usa imagem e semelhança. 

    O arco-íris tem que derrotar o obscurantismo para a sobrevivência mesma da espécie humana. 

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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