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    Moisés Mendes

    Moisés Mendes é jornalista, autor de “Todos querem ser Mujica” (Editora Diadorim). Foi editor especial e colunista de Zero hora, de Porto Alegre.

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    Mirem-se na bravura de Bruna Morato

    "A advogada está mostrando como o bolsonarismo criou o seu campo de concentração para matar e acobertar as causas das mortes", escreve o jornalista Moisés Mendes

    (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

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    Por Moisés Mendes, para o Jornalistas pela Democracia

    Os acovardados não têm mais desculpas para ficar à sombra de neutralidades e omissões ou de militâncias apenas protocolares pela democracia.

    Mirem-se no exemplo da advogada Bruna Morato. Que os neutros e os assumidamente omissos prestem atenção e sejam contagiados pela bravura dessa moça que denunciou na CPI do Genocídio os detalhes macabros das ‘terapias’ com cloroquina da Prevent Senior.

    Sabemos agora quase tudo dos crimes cometidos em nome de experimentos da clínica bolsonarista, que agia de forma articulada com o governo, não só com o gabinete paralelo do Ministério da Saúde, mas também com o gabinete oficial de Paulo Guedes.

    O que nos conforta e nos fortalece, no depoimento da advogada, é o seu exemplo inspirador. Bruna Morato está enfrentando com destemor o poder econômico e o fascismo político.

    Envergonhem-se diante da doutora Bruna os que se encolhem e se submetem ao avanço das milícias bolsonaristas dedicadas a calar médicos, jornalistas, advogados, servidores públicos, promotores, juízes e defensores da Constituição e das instituições.

    O momento é de bravura, não é de acovardamento. O fascismo cresce e avança à sombra dos medos, das desculpas e das omissões.

    O Brasil viu uma mulher, uma advogada enfrentando com valentia os machos sempre ameaçadores da extrema direita genocida.

    Este já é o mais importante e chocante depoimento na CPI, porque detalha a ação do governo como patrocinador dos 'experimentos' com a cloroquina ministrada a idosos levados para a fila da morte.

    A advogada está mostrando como o bolsonarismo criou o seu campo de concentração para matar e acobertar as causas das mortes.

    O depoimento é revelador da face nazista do bolsonarismo. Parabéns, doutora Bruna Morato.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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