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    Moro e os garantistas

    (Foto: Reprodução)

    Leio, neste 247, que o duble de ator político e coatch de idiossincrasias coxa branca, o ex juiz sérgio moro, saindo mais uma vez em defesa de seu garoto prodígio, questionou onde estariam os garantistas, em face da condenação (unânime) que o TCU impôs a dallagnol, pela farra do desuso de verbas públicas.

    Não vejo nenhuma novidade em moro indagar onde estão os garantistas, afinal o ex juiz parcial, que corrompeu do devido processo em desfavor de Lula, jamais soube onde estiveram. Enquanto duble de juiz e ator político, moro abjurou o garantismo e tratou o Advogado feito um estorvo. Foi pedante ao limite de sua imensa dificuldade cognitiva.

    A ironia (fina) da quaestio é que, agora, após fazer o que fez e ter sido pego pelo hacker, depois de ter espraiado o mal que espraiou, o ex juiz parcial, em plena efervescência da dança política, acredite que tenha voz e lugar de fala para tratar de qualquer tema. Pior é escolher o tema que desconhece quase tanto quanto o direito e a empatia.

    Não sou um sujeito afeito a vendeta. Creio piamente que a água de batismo nos aproxima, na introjeção do amai-vos uns aos outros. Mas não há como não identificar o retorno da história na face de moro, com todo o peso da ignorância interesseira que o caracteriza. 

    O duble de ex juiz e ator político (moro) ao corromper o devido processo na parcialidade com que se portou na condução dos processos (todos) políticos de Lula, faz mal para o tecido social do país, naquilo que sua fala distópica em favor das próprias circunstâncias, remetem sempre a uma Nárnia que já não se esconde no armário, porquanto ele, moro, enquanto suposto juiz, atuou em causa própria, parcializando a aparente jurisdição que detinha, à mingua de sua condição e responsabilidade.

    Neste entorno, ele se auto concede um cabedal de condições e circunstâncias imaginárias que lhe permitem (abraçado à própria distopia) auto imaginar-se relevante em qualquer campo.

    É triste porque não lhe contaram e ele se recusa perceber que a música acabou, suas parcerias de interesse se retiraram, mas ele continua a dançar...

    Há um enorme desserviço na conservação dele, moro, nesse limbo em que se encontra, naquilo que nossa época está caracterizada pela enorme velocidade com que as coisas acontecem, além da renitente perpetuação de mentiras (on line), o que pode acalentar dúvida acerca de sua cabal e incontornável irrelevância atual. 

    Passou que ele, moro, não serve mais a seus ideólogos, mormente à deusa platinada de jardim Botânico. Assim e então, feito aquele lenço umedecido que atende as necessidades fisiológicas de recém-nascidos, deveria ser descartado no lixo da história, suposto que o esgoto entre seus apaniguados escorre a céu aberto. 

    Mas não. Sem perceber (e moro não percebe quase nada, tanto que acredita ter um relevo qualquer que nem ele consegue identificar) a própria insignificância, moro se deixa ficar à espera de um qualquer uso que se lhe possam dar seus marionetistas. Essa situação atende ao que possa ocorrer na dança política.

    O inconsciente coletivo, a depender sempre dos marionetistas, é a tábua de conservação de moro que, por não ter energia moral suficiente, segue o compasso de espera em um trottoir continuado e quase tão prostituído quanto o seu passado recente, quando se permitiu interpretar o juiz parcial que corrompeu o devido processo e fez uso da toga em benefício próprio. 

    Institucionalmente fede e dá asco essa conservação de personagens irrelevantes em formol político, notadamente se o títere em questão (moro) conjuga a condição de alguém que até algum tempo atrás acreditou na própria fantasia.

    Moro, por sua atuação parcial e política, não só corrompeu o devido processo como canalizou (pelo desuso da toga em causa própria) a seu favor uma condição fictícia que hoje lhe bate às portas gritando a própria irrelevância enquanto motivo de lhe abortar a decolagem. 

    Alguém poderia fazer o favor de alertá-lo: perdeu moro, você que jogou de forma traiçoeira, ilícita, covarde, não é digno de nenhuma outra caracterização que não a que lhe aloca em compasso de espera, no aguardo da torna da manipulação histórica que lhe orientou enquanto juiz parcial.

    Todavia, enquanto Godot não vem, moro deveria recolher-se. Seria menos traumático para ele e para o país (não que seja preocupação dele, moro, o que seria/é bom para qualquer pessoa, física ou jurídica, que não ele próprio), suposto que suas observações (onde estão os garantistas?), tiradas na ocasião de comentar a condenação de seu garoto prodígio pelo desuso de verba pública na condução da operação lava jato, além de fúteis e tolas, não alcançam senão suas próprias idiossincrasias, naquilo que irrelevantes ao processo eleitoral e à condução do país.

    Finalizando, na medida em que sou garantista desde que iniciei o trato com a Advocacia criminal em 1988, não posso deixar de responder: estamos onde sempre estivemos; atuando nos meandros do devido processo em favor de cidadãos apontados pelo estado, notadamente envidando esforços para que eles não sigam vitimados por mal juízes que corrompem o devido processo e fazem uso político da toga.

    Perdeu moro. Recolha-se a sua abissal insignificância e não mais manipule a história!

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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