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    Rogério Maestri

    Engenheiro e professor na UFRGS

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    Não devemos celebrar a morte de Olavo de Carvalho, mas sim o seu desaparecimento

    "O desaparecimento de Olavo de Carvalho que deverá ser festejado, por um longo curso de bobagens ficará aparente, o rei aparecerá como ele sempre esteve, nu"

    (Foto: Reprodução)

    Olavo de Carvalho provocou danos que demorará muito para ser explicado como ele conseguiu e qual a sua proposta filosófica, que as pessoas ignoram devido ao anacronismo dela. Ele tentava regredir o pensamento filosófico anterior ao iluminismo, ou seja, o a “filosofia de Olavo” era recuperar a metafisica com sua visão absoluta e inquestionável, por ser meramente religiosa. 

    Para impor o seu ponto de vista ele chegava a falsificar datas e fatos históricos, numa de suas palestras há alguns anos fiz um comentário extenso mostrando evidências factuais das falsificações históricas de Olavo de Carvalho em que ele chegava a mudar as datas de fatos em mais de século como também a modificar assuntos de concílios da Igreja Católica também em séculos. 

    Mas qual a importância dessas falsificações? Se fossem meros erros de datas não poder-se-ia qualificar como falsificação histórica, porém nesse texto (vídeo, para ser mais exato) ele alterava em séculos o predomínio da Igreja Católica para transferir a responsabilidade dessa para o poder temporal, a Estados Nacionais que simplesmente não existiam. 

    Qual era o método de Olavo de Carvalho nas suas “aulas” no seu interminável curso de filosofia, ele na quase 75% do tempo ele fazia uma espécie de um enorme prólogo em que mentiras históricas ou filosóficas iam se amontoando com o objetivo de criar um leito adequado para conclusões baseadas nessas falácias, se alguém prestasse atenção nesse “prólogo” e tivesse disposição de enumerar os “pequenos equívocos” (que resultavam numa enorme distorção) e até refutar nos comentários do vídeo num “textão” incomum nesse tipo de mídia, conseguiria através dos levantamentos de datas manipuladas, fatos inconteste mente indevidos, citações erradas de autores e falsas atribuições a linhas políticas e filosóficas. 

    Olavo de Carvalho na prática não escrevia nada, mas isso não é porque não tinha capacidade de fazê-lo, pois nos pequenos textos que foram copilados por um de seus fanáticos seguidores, fica claro que quando ele queria, ele fazia, porém se ele escrevesse suas palestras, elas cairiam nas mãos de quem tem o hábito da leitura e seus erros e falsificações ficariam evidentes, caindo como uma pedra ao chão. 

    Eu fiz a minha parte na descoberta do “método Olavo de Carvalho”, ou seja, decifrei o método, a resposta as minhas claras e inequívocas contestações nunca vieram, pois a última etapa do método era simplesmente ignorar as críticas, pois ele reproduziria suas mentiras em mais dezenas de outras palestras de seu curso interminável de “filosofia”, que era algo de forma circular, ou seja, de tanto assistir o curso, as mentiras viravam verdades e se auto confirmavam. 

    Provavelmente alguns de seus alunos mais assíduos vai tentar escrever parte das palestras do seu “filósofo” e com isso ficará evidente a sua falsificação como método, espero ansioso por isso, pois o castelo de cartas cairá rapidamente.  Ou seja, o desaparecimento de Olavo de Carvalho que deverá ser festejado, por um longo curso de bobagens ficará aparente, o rei aparecerá como ele sempre esteve, nu.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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