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    O estado policial petista

    A sociedade brasileira às vezes parece não perceber o perigo e o risco que representa a continuidade e a permanência do Partido dos Trabalhadores no poder, especialmente na Presidência da República, por mais quatro anos

    A sociedade brasileira às vezes parece não perceber o perigo e o risco que representa a continuidade e a permanência do Partido dos Trabalhadores no poder, especialmente na Presidência da República, por mais quatro anos (Foto: Thelma de Oliveira)

    A sociedade brasileira às vezes parece não perceber o perigo e o risco que representa a continuidade e a permanência do Partido dos Trabalhadores no poder, especialmente na Presidência da República, por mais quatro anos.

    Partido estabelecido em todas as unidades da Federação, o PT atua, age no sentido de se perpetuar no poder utilizando-se de todos – repito todos – os meios necessários para alcançar esse objetivo. O PT tem um projeto que busca seus próprios interesses políticos e os de seus dirigentes, beneficiados pessoalmente com o modelo de corrupção e de vigilância que adotam.

    Depois de invadir o site do Wikipédia para mudar o perfil de dois jornalistas, de alterar a página da Petrobras no mesmo site, e incriminar quem não participou do milionário desvio de recursos no Petrolão – para ficar nos dois casos mais recentes – o governo do PT quer monitorar o que cada um de nós fará no exterior, em viagens de negócios ou de lazer.

    A desculpa é que o monitoramento vai fiscalizar se cada de um nós gastará muito ou irá entrar com bens/produtos acima de 500 dólares, cerca de mil reais! O novo sistema da Receita Federal será o "big brother" que o PT usará, seguramente, contra seus adversários políticos e eventuais opositores de diferentes campos da atividade humana.

    O sistema da Receita saberá tudo sobre você e sua viagem: a profissão, os lugares que visitou, as lojas em que esteve, os objetos que comprou e quanto gastou, numa fiscalização prévia impensável em regimes democráticos.

    É claro que o estado brasileiro, a sociedade brasileira e a própria Receita Federal precisam de instrumentos de controle e de fiscalização de abusos que um ou outro cidadão possa cometer em compras no exterior, mas definitivamente não com um sistema como esse, de controle prévio e absoluto.

    Porém, é superdimensionado um modelo de acompanhamento, praticamente em tempo real, em que o Estado sabe da vida, em detalhes, de um cidadão, qualquer cidadão, no exterior. A quem interessa esse controle? Quem armazenará e cuidará para que as informações sejam corretamente manuseadas?

    Ou evitar que sejam utilizadas, como inclusive já ocorreu com a quebra do ilegal do sigilo fiscal do ex-secretário-geral da Presidência da República, Eduardo Jorge, realizada por um servidor petista da Receita Federal.

    Não há dúvida de que há uma explícita invasão de privacidade do sagrado direito de cada um viver como quer e, no caso, gastar seus recursos da melhor maneira que entender, sem ferir as normas legais. Qualquer ação com a intenção de espionar a vida do cidadão é consequência da visão policialesca e autoritária do Estado, bem ao estilo da Rússia stalinista do século passado.

    Qualquer outra explicação esbarra nos péssimos exemplos que a máquina petista e seus militantes deixaram nos últimos anos no governo federal: Mensalão, Petrolão e outros escândalos que tentaram esconder do povo brasileiro.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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