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    Paulo Loiola

    Sócio-fundador da BaseLab e fundador do PerifaLab. Autor de dois livros de marketing político: "Construindo Campanhas o Caminho para a Eleição", em parceria com a RAPS, e "Marketing Político", para a Uninter

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    O gado que escolhe leite!

    A esquerda, ou chamado campo progressista, está bem aquém das estratégias utilizadas pela extrema-direita

    Eleitores de Lula e de Jair Bolsonaro (Foto: Reuters)

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    Nos últimos anos, o cenário político brasileiro tem sido marcado por uma polarização intensa entre Lula e Bolsonaro. Uma faceta intrigante dessa dinâmica política é a estratégia de ligação com suas respectivas bases, e é isso que desejo abordar hoje. Em um contexto político desafiador como o atual, compreender as estratégias por trás da conexão com a base pode nos ajudar a interpretar e navegar pelo cenário político em constante evolução.

    O gado fielmente acredita que o boicote é uma maneira eficaz de expressar opiniões políticas e prejuízos financeiros. De fato, o boicote ajuda muito a expressar opiniões políticas, mas não só isso. Vem entender!

    O primeiro passo é entender que os políticos que deixam seus lados bem definidos podem capitalizar em suas bases se souberem enfatizar suas opiniões. A extrema-direita faz isso com maestria. Expressar opiniões é o primeiro passo para criar identificação com um grupo.

    O que pode parecer delírio bolsonarista é, na verdade, uma estratégia eficaz de conexão com sua base. O boicote é uma tática para fortalecer a conexão com o eleitorado já definido por suas crenças ideológicas. O eleitorado bolsonarista possui características distintas que precisam ser constantemente estimuladas para manter sua base engajada e pronta para a ação.

    O Bolsonarismo deixa claro quem são seus inimigos. Esse ponto é fundamental para a conexão e mobilização da base, já que todos sabem quem deve ser combatido, gerando um forte estímulo de indignação e raiva, o que é extremamente eficaz. O ódio pode mobilizar!

    E a esquerda, ou chamado campo progressista, está bem aquém das estratégias utilizadas pela extrema-direita. O campo progressista delimita para si uma série de resistências a novas tecnologias, como no caso da implantação de inteligência artificial e direitos autorais.

    A capacidade de monitorar como sua base está se comportando é um privilégio. E a internet é uma das ferramentas para fazer isso. Quando seu eleitorado se mobiliza para um boicote, é possível medir o aquecimento da mobilização. Embora o boicote possa parecer uma tentativa de prejudicar financeiramente uma empresa, na realidade, isso raramente acontece. No entanto, contribui para monitorar a mobilização e fortalecer a conexão com a base.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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