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    Alex Solnik

    Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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    O impeachment branco de Lula

    "Na época do mensalão os tucanos cogitaram pedir abertura de impeachment contra Lula, mas amarelaram e não foram em frente", diz o colunista Alex Solnik; "Agora que o impeachment de Dilma deu certo eles tomaram coragem e estão tentando emplacar também o segundo impeachment: o impeachment de Lula"; Solnik lembra ainda uma fragilidade da denúncia; "Se o Lula foi o comandante máximo do esquema não faz sentido ele ter ganho apenas um tríplex, um sítio e 30 milhões em palestras quando um gerente de segundo escalão, Pedro Barusco, ganhou mais de 150 milhões"

    lula (Foto: Alex Solnik)

    Na época do mensalão os tucanos cogitaram pedir abertura de impeachment contra Lula, mas amarelaram e não foram em frente.

       Agora que o impeachment de Dilma deu certo eles tomaram coragem e estão tentando emplacar também o segundo impeachment: o impeachment de Lula.

       Não há dúvida que forças tucanas ocupam posições de relevo na Justiça brasileira e algumas delas, como Gilmar Mendes não escondem a camisa que vestem.

       Lula é o candidato que Aécio não quer enfrentar nas próximas eleições.

       Por isso a necessidade de um impeachment. Um impeachment branco, digamos assim.

       Ele é, ao mesmo tempo, impeachment a posteriori e a priori.

       A posteriori porque tem um gosto de arrependimento pelo que não aconteceu no mensalão.

       A priori porque tem por foco inviabilizar a candidatura de Lula em 2018.

       Outra coisa: é um processo que carece de provas tanto quanto o de Dilma.

       O MPF pede devolução de 89 milhões de reais. Mas não mostra as contas onde essa fortuna está guardada. Não explica onde está o dinheiro que Lula amealhou por ser o “comandante máximo” do esquema Petrobrás.

       Se o Lula foi o comandante máximo do esquema não faz sentido ele ter ganho apenas um tríplex, um sítio e 30 milhões em palestras quando um gerente de segundo escalão, Pedro Barusco, ganhou mais de 150 milhões.

       Ou esse comandante foi enganado por seus subalternos ou não comandou nada.

       Ou o MPF não investigou direito.

       A denúncia é frágil. Se eles querem prender Lula precisam investigar mais.

       Um juiz que se preze só vai aceitar acusação de que ele era o comandante máximo do esquema Petrobrás por oito anos se o MPF mostrar as contas ou trusts ou offshores onde ele esconde os seus milhões.

       Mais de 500 milhões, no mínimo.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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