O legado de Bolsonaro
Quem dissemina notícias falsas ou a produz, tem medo de revelar sua ignomínia
O legado de Bolsonaro não foi a agressão aos povos indígenas e outras minorias, que levaram a desgraça do povo Yanomami. Nem tampouco foram as centenas de milhares de brasileiros mortos pela negação da vacina contra a covid-19. Nem tampouco a deterioração do serviço de Saúde.
O legado de Bolsonaro não foi só a corrupção das forças armadas que descaradamente cederam seus terrenos para “campings” de celerados fantasiados de revolucionários. Nem sequer foi a insinuação à polícia que abandonou a defesa do patrimônio público na praça dos Três Poderes e suas Instituições.
O legado de Bolsonaro não foi o exemplo de pusilanimidade exibido ao penalizar um fiscal de pesca que o havia multado para pesca ilegal, usando de seu recém adquirido posto de Presidente da República.
O legado de Bolsonaro não foi a eloquência de seu palavrório de cafajeste, e vocabulário depravado, incluindo termos do mais baixo escalão. Nem mesmo a enxurrada de mentiras e acusações criminosas que vomitava cotidianamente.
O legado não foi a adesão ao Bolsonarismo por tantos empresários de grande e pequeno porte e de suas associações apenas para defender seus mesquinhos interesses.
Seu legado não foi a persistente tentativa de desmoralizar o Tribunal Superior Eleitoral, nem tampouco foi a indução, pelos seus desqualificados seguidores, de ameaças ao destemido Juiz Alexandre de Moraes.
Seu maior legado foi a disseminação de notícias falsas. Pois ela, ao ocultar o autor, o protege da verdade. Quem dissemina notícias falsas ou a produz, tem medo de revelar sua ignomínia. E a notícia falsa (fake news) gera a mentira, pois que depende da covardia e da canalhice do usuário.
O maior legado de Bolsonaro é, pois, o Bolsonarismo, uma cultura forjada de mentiras, de oportunismo e covardia. E eis aqui alguns indícios. Quantos bolsonaristas já aderiram ao Presidente Lula? Teria sido por razões ideológicas? E a imensa covardia e falta de dignidade demonstrada por Bolsonaro ao fugir para “Flórida” as vésperas da posse de seu sucessor.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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