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    Lejeune Mirhan

    Sociólogo, Professor (aposentado), Escritor e Analista Internacional. Foi professor de Sociologia e Métodos e Técnicas de Pesquisa da UNIMEP e presidente da Federação Nacional dos Sociólogos – Brasil

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    O novo governo provisório dos Talibãs

    "Estamos entrando em uma nova era, em uma nova fase do mundo e, o grupo Talibã e o Afeganistão, entram no campo da Rússia e da China, que enfrenta os Estados Unidos. É isto que é fundamental", escreve Lejeune Mirhan

    Cofundador e negociador do Talibã, mulá Baradar, e outros membros do grupo na conferência de paz afegã em Moscou, Rússia18/03/2021 Alexander Zemlianichenko/Pool via REUTERS/Arquivos (Foto: Alexander Zemlianichenko/Pool via REUTERS/Arquivos)

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    Após 23 dias da tomada de Cabul, a capital do Afeganistão, pelo grupo guerrilheiro de camponeses Talibãs, finalmente foi anunciado um novo governo. Mas, este será provisório. Ele, por certo, reflete as dificuldades iniciais deles se firmarem no poder e provavelmente das disputas políticas internas. Apenas cinco nomes foram anunciados. Não é nada fácil você pesquisar sobre essas pessoas na Internet. Quase nada se tem sobre eles, até porque, passaram os últimos 20 anos lutando contra os Estados Unidos. Meu propósito com este novo ensaio, é fazer uma análise, dentro do possível, dessa composição. 

    Está no ar um ensaio de minha autoria que é uma análise marxista da revolução afegã (1). Eu afirmo que o que aconteceu no Afeganistão foi uma revolução. Não foi revolta, não foi rebeldia, não foi insurreição. Foi uma revolução a partir de uma luta de classes, de um lado, a classe dos camponeses mais pobres, com seus aliados urbanos, trabalhadores em geral, servidores públicos, proletários da indústria, que é pequeno, mas existem. Foi uma revolução dirigida pelo campo, como foi na China e no Vietnã. E, do outro lado, a burguesia afegã. Todos os países têm burguesia, sejam mais ricos ou mais pobres. 

    É a burguesia que estava no poder representada pelo presidente que fugiu do país com 170 milhões de dólares. Uma classe traidora que se aliou aos Estados Unidos para ocupar e destruir seu próprio país. Então, foi uma luta de classes.  

    Por que foi uma revolução? Porque destituiu a classe que estava no poder e, outra classe, passa a ocupar o poder político central. Essa é uma análise objetiva que não depende da minha ideologia. Essa é uma situação objetiva e não pode ser contestada. Muitos dos que analisaram os primeiros dias da revolução, acham que porque o Talibã não é de esquerda, não é comunista nem marxista, não foi uma revolução. Mas, eles são revolucionários, patrióticos e nacionalistas. Quem disse que apenas os marxistas fazem revolução? Precisa ser de esquerda para se fazer uma revolução popular? Quantos exemplos poderíamos dar para mostrar exatamente o contrário – e nesse meu ensaio eu mostro várias delas. 

    O Talibã não terá vida fácil

    Nestes dias o Talibã anunciou um governo provisório integrado por cinco pessoas. Um líder supremo e quatro ministros: primeiro-ministro; vice-primeiro-ministro; ministro do Interior e, ministro da Defesa (que vai reestruturar as Forças Armadas Afegãs). 

    Eu fui fazer uma pesquisa sobre os indicados. Não se acha em lugar nenhum, porque são guerrilheiros, estavam na resistência, enfrentando o inimigo, que tem o maior exército da Terra. Alguns, particularmente esses cinco, a Wikipédia, já apresenta perfis bem curtinhos. Por exemplo, de nenhum deles se tem informação se fizeram ou não algum curso superior.  

    Eu temo que não. Apesar de Talibã significar “estudantes”, esses cinco têm entre 52 e 55 anos. A maioria deles é fundadora do grupo, em 1994, no Paquistão. Portanto, passaram-se 27 anos. Eles tinham na época, aproximadamente 25 anos. Eram jovens estudantes. Nós não temos o perfil deles. O que vou relatar abaixo é o máximo que consegui apurar até agora. 

    Ajuda externa 

    É preciso registrar que já havia quatro países tentando ajudar o Afeganistão a se levantar e se reconstruir: China, Rússia, Paquistão e Irã. Entraram em cena dois novos países: Turquia e Qatar. Isto quer dizer que no tabuleiro internacional, duas peças foram movimentadas. 

    O Qatar, porque era lá que aconteciam as conversações até um mês atrás e, de um mês para cá, já discutiam a transição. Todos sabiam que os Estados Unidos perderiam a guerra e seriam expulsos. Também foi na sua capital, Doha, que foi celebrado o acordo de paz dos Talibãs e os EUA (2).  

    O que eles querem? Na Turquia, o seu presidente Recep Tayip Erdogan, tem um projeto político que se chama “A volta do califado” (3). Ele quer ser o novo Califa, mas isto não vai acontecer. Não há hoje um líder na comunidade islâmica no mundo, hoje constituída por cerca de 1,5 bilhão de seguidores, em 47 países diferentes, sendo que, apenas 20 deles são árabes (4). 

    Não há um líder que possa ser algo comparado ao que foram os Califas do passado, que eram líderes de um vasto império, seja sob o comando árabe, seja sob o comando da etnia turca, a partir de 1453, com a queda de Constantinopla (5). O império era muçulmano, e teve o seu período inicial comandado por árabes e, a partir da guerra da conquista de Constantinopla, em 1453, o comando passa para as mãos dos turcos. 

    O governo provisório é de Mohammad Hassan Akhund (6) 

    Alguns o estão chamando de Emir, porque eles estão proclamando a volta e a reconstrução do Emirado Islâmico do Afeganistão. Isto é interessante, porque esse emirado já existiu. O Emir do Afeganistão, do século 19, deu várias surras em impérios diferentes, em especial o inglês (7). Pelo menos seis impérios ocuparam o Afeganistão, entre eles o Macedônio, Árabe, Mongol, Britânico, Russo e Estadunidense. Por isso o país é conhecido como cemitério de impérios. 

    Além do líder máximo, eles indicaram um primeiro-ministro. Com isso sinalizam que será um sistema parecido com o do Irã, que tem o líder máximo, que é espiritual, que comanda uma parte das funções do país, como se presidente fosse e, do outro lado teria o primeiro-ministro na administração do governo no dia a dia do país. Mas, no Irã, eles não chamam de presidente, mas de líder espiritual. E, o que é presidente, eleito recentemente e tomou posse dia 8 de agosto, cumpre as funções de primeiro-ministro. O exército e a política externa, quem comanda, é o líder espiritual. 

    Ao que parece é o Emir terá esta função. Com a indicação de um primeiro-ministro, o Talibã sinaliza que adotará o modelo parlamentarista de governo, ainda que não tenha um parlamento eleito. As eleições feitas sob a ocupação do imperialismo estadunidense foram fraudes pura e simples (8).  

    Há que se considerar que fizeram uma revolução e ainda estão em guerra e lutam pelo reconhecimento internacional. O primeiro-ministro, Mohammad Akhund, já tinha sido vice-ministro no primeiro governo Talibã (1996-2001) e estava exilado. Ele é da ala mais religiosa do Talibã e era recrutador do grupo. 

    O vice-primeiro-ministro é mais conhecido, que é o Abdul Ghani Baradar, ele é até mais popular que o primeiro-ministro, mas fizeram um acordo entre eles e Baradar ficou como vice-primeiro-ministro. Ele era o chefe da delegação que negociava no Catar. Como muitos outros, ele tem apenas 53 anos.  

    Em 1994 Baradar era um jovem de apenas 26 anos. Ele foi vice-líder, naquele período de cinco anos do mulá Omar (9), uma pessoa lendária, que morreu no atentado de 2013. Mulá é o termo que eles usam tradicionalmente no Afeganistão que indica alguma pessoa – infelizmente sempre homens – que foram educados sob o rígido dogma do Alcorão (10). No Irã eles são chamados de Aiatolá, são designações de hierarquias, que mudam de país para país, apesar de serem todos muçulmanos. 

    O ministro do Interior indicado foi o Sirajuddin Haqqani (11). Ele tem 51 anos, tinha 24 na fundação do Talibã. Ele era líder de um grupo guerrilheiro chamado Rede Haqqani (12), da resistência. Portanto, é de um grupo aliado do Talibã. Não é do partido Talibã, é do partido Haqqani. Uso o termo “partido” porque acho que provavelmente eles serão legalizados dessa forma e, quando tiver eleições devem concorrer por essas organizações. Por exemplo, o Hezbollah no Líbano é um partido, mas é um grupo guerrilheiro também de resistência.  

    O último nome dos cinco indicados é o Mullah Mohammad Yaqood (13). Ele também é filho de um dos fundadores do grupo, Mullah Omar. O Baradar era vice do Mulá Omar, sendo este aqui seu filho. Então, esse foi indicado ministro da Defesa. Vai comandar 85 mil militantes armados e ele foi o grande responsável e estrategista.  

    Apenas essas cinco pessoas foram indicados até o momento. Eles indicaram ainda um Conselho de Líderes, composto por 12 pessoas, tentando imitar algo que existe no Irã, que se chama de Conselho de Especialistas e conta com 88 membros, eleitos pelo voto direto e eles elegem o Aiatolá, que é o líder espiritual. Portanto, líder espiritual não é por descendência, não é por nomeação, é por eleição indireta pelos 88, que são eleitos pelo voto direto. Esse Conselho, que ainda não se sabe exatamente o seu papel no governo, será liderado pelo médico Abdullah Abdullah (14).

    República é uma coisa e Emirado é outra. Emirado é uma monarquia. O monarca não se chama nem rei nem imperador, chama-se Emir que, em árabe, é equivalente a chefe, é uma palavra que surge na Idade Média. O Emir ou Amir, era uma espécie de chefe de uma comunidade. É um sistema monárquico, mas isso não quer dizer que não possa também ser democrático. A Inglaterra é uma monarquia. O Kuwait é monarquia e tem Parlamento. A mesma coisa a República Islâmica do Irã.    

    Próximos passos 

    Tento a seguir, expor quais seriam os próximos passos e as prioridades do Talibã. Existe uma luta política dentro do Afeganistão. Eu li um artigo de um grande intelectual paquistanês, Tariq Ali, onde ele diz que o Afeganistão vive uma guerra desde 1979.  

    Portanto, estamos falando de 42 anos de guerra e ninguém aguenta mais. Não foram só 20 anos de guerra dos Estados Unidos contra o Afeganistão. Eles tiveram outras guerras antes. Ele menciona também – eu li todos os livros dele traduzidos para o português, incluindo romances e livros políticos – em detalhes, que existem forças imperialistas ainda dispostas a invadir novamente o Afeganistão e, ocupá-lo para expulsar os talibãs do poder. Ele dá o nome e a “declaração” desses grandes generais dos Estados Unidos e da Inglaterra. Então, as coisas não estão ainda tranquilas, não estão estabilizadas (infelizmente, imprimi esse artigo e não salvei o link).  

    Eles estão vivendo algo próximo do que nós podemos chamar de uma guerra civil para consolidar o novo poder político popular campesino. Não quer dizer que não venha a ter burgueses no governo, mas o núcleo comandante é este agrupamento de guerrilheiros camponeses que se aglutinam em nome do Talibã. Uma situação parecida com a guerra civil na Rússia, após a Revolução de novembro de 1917 (15). 

    O Talibã está dizendo para o mundo inteiro: nós queremos ter amplas relações com todos os países, inclusive com os Estados Unidos, que ocuparam o nosso país por 20 anos. Eles não estão vetando nem aqueles que lhes fizeram tanto mal. E, se você for somar quantos soldados estiveram no Afeganistão, eles têm o número de 150 mil. Só que o soldado fica três a cinco meses e volta.  

    Ninguém aguenta ficar anos na linha de frente, Às vezes, com poucos meses já ficam com problemas decorrentes da guerra. Ao todo, passaram pelo Afeganistão, só dos Estados Unidos, 770 mil soldados. Este é o contingente que foi mobilizado nesses 20 anos.  

    Tariq menciona que é um governo provisório, mas instável, que não está consolidado. Existe uma luta política pelo poder. Aquele grupo de oposição a eles, armado, que ficava na Província de Panjshir, é liderado pelo jovem que é filho de um cara histórico que já morreu, o nome dele é Ahmad Massoud, de 32 anos.  

    Eles estão de armas na mão para derrubar o Taliban e não vão conseguir. Eles perderam, pois o Talibã ocupou esta província, era a última ainda que não estava dominada por eles. É possível que o Talibã até venha a fazer um acordo com esse grupo daquela província. Isto, sem falar na ameaça externa, desses que já deixaram o Afeganistão, mas que ainda têm planos de reocupar e invadir novamente.  

    Isto, provavelmente, não vai acontecer, não há clima nenhum para os Estados Unidos voltarem para aquela região. Eles terão hostilidade, não só do povo afegão, mas como de todos os seus vizinhos, agora, com a China, Rússia, Irã e Turquia. 

    Conclusões

    Nos dois últimos ensaios que eu escrevi sobre o Afeganistão, eu digo que já está em curso no mundo a consolidação de uma nova ordem mundial, que demorou 30 anos e está praticamente consolidada, mas não totalmente ainda, que chamamos de multipolar. Esta ordem começou em dezembro de 1991, quando acaba a União Soviética. A bandeira da URSS foi arriada e a bandeira da Rússia czarista tricolor, foi hasteada.  

    Então, nós estamos entrando em uma nova era, em uma nova fase do mundo e, o grupo Talibã e o Afeganistão, entram no campo da Rússia e da China, que enfrenta os Estados Unidos. É isto que é fundamental. O mundo já é multipolar. Celso Amorim tem chamado de tripolar, mais do que dois é multi. O mundo está esperando que o presidente Lula volte ao poder e que isto venha impulsionar a luta pela democracia e a luta dos povos, que você não pode aquilatar a importância.  

    A Índia vai voltar. O governo direitista de lá, Narendra Modi, deve perder as eleições. Ele está perseguindo cristãos e muçulmanos, sem falar nos comunistas. Nós temos Partido Comunista Indiano e Partido Comunista Indiano-Marxista. Eles são fortíssimos lá e já controlaram dois governos estaduais. Ele deve perder as próximas eleições. Vamos aguardar. 

    E, a volta do Brasil ao mundo multipolar, vai ajudar a reforçar o campo anti-imperialista, que é liderado pela Rússia, pela China, pelo Irã e o Hezbollah, que também participa disso no Oriente Médio. E ainda tem os comunistas, os cristãos do Papa Francisco, que são progressistas, os patriotas, os democratas. Todo esse movimento, ainda não tem uma articulação nem um comando único. Pode ser que venha a ter. Nos meus cursos de geopolítica eu chamo de “Campo da Resistência”. O campo do imperialismo é fortíssimo e, a União Europeia pode se afastar dos Estados Unidos, por causa do resultado do Afeganistão com relação à saída que os estadunidenses fizeram, abandonando seus aliados. Eles se sentiram traídos e abandonados.  

    A reunião do BRICS ocorrida no dia 9 de setembro não teve a repercussão que essas reuniões tiveram no passado recente. O BRICS na verdade está muito fraco, porque o “B” e o “I” (Brasil e Índia), são subservientes ao imperialismo. Mesmo o Trump tendo perdido as eleições e deixado órfão este que aqui se apresenta como nosso presidente, ainda assim ele adora os Estados Unidos. Até Biden ofereceu para o Brasil entrar na OTAN, o que é um absurdo. 

    Então, com uma volta do Brasil ao BRICS e ao cenário geopolítico mundial – da qual estamos completamente fora –, teremos grandes alterações na correlação de forças e o Afeganistão cumpriu esse papel e deu sua contribuição na luta por um mundo multipolar. O Afeganistão alterou a correlação de forças em plano mundial. Quem gosta de política internacional e me acompanha pelas entrevistas e ensaios que publico (www.lejeune.com.br) ou lê outros autores, concordam que a correlação de forças hoje ainda nos é desfavorável.  

    Desde o dia 15 de agosto, fiz pelo menos umas 35 lives,em que eu falo de um único assunto: a Revolução dos Talibãs. Nas primeiras eu tive que combater equívocos feitos por companheiros do nosso campo que mais atacaram o Talibã, do que o imperialismo. Parece que sentem saudades da época em que o imperialismo ocupou o pais. É como se as mulheres tivessem liberdade nesses 20 anos. Não! Elas foram estupradas pelas tropas. 

    Quem for ler o meu novo ensaio, publicado em vários sites com o título Uma possível análise marxista da Revolução no Afeganistão, já citado acima, vai entender melhor o que lá ocorreu. Para nós que estudamos o marxismo, se você não consegue aplicar o método marxista na hora que precisa, então provavelmente você não assimilou a teoria.  

    As mulheres afegãs estão lutando pelos seus direitos. Muitos não estão acompanhando. Elas têm feito passeatas praticamente todos os dias. Elas estão pressionando o Talibã. Reivindicam a participação no governo. Eu não tenho certeza se elas terão um Ministério. Trata-se de uma luta política, pois implica que a guerrilha camponesa dos Talibãs eleve sua consciência política sobre a importância das mulheres na luta de resistência ao imperialismo.  

    Esta compreensão não são todos do nosso campo que têm. Houve, no início, muito desânimo, mas agora acho que passou. As lives que tenho feito cumpriram um papel importante. Desde o início reafirmamos que o Talibã não é terrorista. É um grupo guerrilheiro. Quem perdeu essa guerra foi a burguesia afegã que é traidora e se aliou aos invasores. 

    O mundo está de olho no que ocorreu no Afeganistão. A derrota do imperialismo não foi pouca coisa. Foi a maior desde 1975 no Vietnã. Alterou a correlação de forças no mundo. A nosso favor. No entanto, não tenho dúvida que todas as redes de TVs do mundo inteiro darão o maior destaque possível para quaisquer erros que o novo governo vá cometer. Eles não se conformam de ter perdido esse país. E perderam para a órbita da China. 

    Notas: 

    1) meu novo ensaio pode ser lido neste endereço: <https://bit.ly/3l3IR8e>; 

    2) Os acordos de paz aqui mencionados foram celebrados pelos EUA e pelo comando político do Talibã na cidade de Doha, capital do Qatar em 28 de fevereiro de 2020. Mais detalhes podem ser lidos neste link <https://bit.ly/3ho2ebb>;

    3) Existe em vários grupos e correntes muçulmanas, em especial entre os sunitas, o desejo de restabelecer um novo sistema de Califado Islâmicos, que remete ao século VII. A única tentativa disso foi feito pelo grupo terrorista chamado Estado Islâmico, ou ISIS (na sigla inglesa) ou DAESH (na sigla em árabe). Vejam nesta reportagem mais sobre isso: <https://bit.ly/3C58WuC>; 

    4) A Organização de Cooperação Islâmica – OCI, fundada em 1969, tem hoje 47 membros. Veja mais detalhes neste link <https://bit.ly/390VwTC>;

    5) A quase totalidade dos historiadores indica o ano de 1453 como sendo o início da era moderna e fim do feudalismo. Foi a conquista de Constantinopla pelas tribos turca e já islamizadas. Veja mais informações neste endereço <https://bit.ly/390VwTC>; 

    6) Mais informações sobre esse líder Talibã neste endereço <https://bit.ly/3lfqInV>; 

    7) A região que hoje é Afeganistão, desde o império Macedônio de Alexandre, o Grande, sofreu várias invasões e tentativas de ocupação. Foram seis os impérios. Maiores informações podem ser lidas neste link <https://bit.ly/3lfqInV>; 

    8) Existem muitos filmes sobre a temática do 11 de Setembro. Neste momento, a Netflix exibe um documentário chamado As Torres Gêmeas e um filme chamado Quanto Vale. Mas, o filme intitulado War Machine, de 2017 é o que tem uma visão muito crítica da ocupação de duas décadas, em especial a cena em que um general “de Obama” designado para comandar a Guerra contra o Afeganistão, chega em um povoado e tenta dialogar com os moradores, que lhes repudiam e ao seu dinheiro. Veja mais detalhes neste link <https://bit.ly/3lfqInV>;

     

    9) Maiores informações sobre a vida do Mulá Omar, o fundador e teórico do grupo Talibã podem ser obtidas neste link <https://bit.ly/3C10c8t>;

     

    10) Vejam aqui <https://bit.ly/3zdZtPP> o significado de Mulá no islamismo afegão; 

    11) Maiores detalhes sobre esse líder Talibã podem ser lidos neste link <https://bit.ly/3k4hN9m>; 

    12) A rede Haqqani é uma organização guerrilheira aliada do Talibã. Vejam maiores informações neste link <https://bit.ly/3k4hN9m>; 

    13) Mais informações sobre esse líder Talibã neste link <https://bit.ly/3C69qAi>; 

    14) Mais informações sobre esse médico Talibã neste link <https://bit.ly/3BX6Cpc>; 

    15) A guerra civil na Rússia tem maiores detalhes neste link <https://bit.ly/2Xa9xvE>. 

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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