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    Cláudio Furtado

    Espiritualista, escritor e engenheiro. Autor dos livros “Divagaísmo” e “O Despertar – Existência Integral”, este último com dois amigos, com os quais também fundou a Phoenix Produtora.

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    O país dos juízes - Uma ficção contemporânea baseada em fatos reais

    O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, durante cerimônia de posse do diretor-geral da PF, na sede da corporação, em Brasília. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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    Era uma vez um país que de tempos em tempos apresentava saltos de desenvolvimento. Desenvolvimento tanto na área política, econômica e social, mas sempre algum tipo de ataque surgia ao desenvolvimento pretendido. Então o progresso deste país parava e muitas vezes retrocedia em seus passos. Será esta a sina desta nação? Como o seu povo pode mudar este destino cruel de constantes retrocessos?

    Em 2003 finalmente um representante dos trabalhadores assumiu o governo. Então aparece o primeiro ataque ao desenvolvimento do país em 2005.  Assim surge a primeira espetacularização judiciária após a redemocratização. Surge um pseudo-herói togado na TV. Um juiz da Suprema Corte que iria livrar o país dos políticos corruptos, essa era a propaganda da imprensa marrom, mas o objetivo em verdade não era esse. O que se buscava era a criminalização dos políticos do partido do presidente que estava governando a nação. E consequentemente buscava também a criminalização do partido deste presidente, o qual tinha como foco implementar o bem-estar social almejado pelos trabalhadores.

    Com muito trabalho e habilidade política o governo conseguiu se libertar das amarras que tentavam interromper o desenvolvimento do país. O partido trabalhista conseguiu sucessivas reeleições. O país avançou em seu desenvolvimento e atingiu o pleno emprego em 2014, coisa que antes era inimaginável, mas aí já despontava na telinha de todo o país um novo pseudo-herói. Desta vez um juiz de 1ª instância, com uma vasta e intensa propaganda midiática, o que o ajudou a iludir boa parte da população. Se apresentava como um paladino da justiça que combatia a corrupção política e empresarial, mas a história real não era essa, as intenções eram outras. Foi aí que a desgraça se aprofundou, pois a partir daí o país teve suas grandes empresas de engenharia criminalizadas e quebradas, o líder político maior dos trabalhadores foi preso por um tribunal de exceção e a atual presidenta do mesmo partido dele sofreu um golpe parlamentar. Pronto, a desgraça estava completa. O país voltou a ser somente um exportador de commodities, um reles vendedor de matéria prima. Um misto de fazenda e mina extrativista.

    E piorou ainda mais para a população, pois a operação lesa-pátria criminosa que iniciou em 2014, a qual proporcionou fama nacional e internacional para este juiz de 1ª instância, abriu caminho para um desgoverno nazifascista, o qual esgarçou o tecido social e retirou todas as conquistas dos trabalhadores com um terrível e agressivo choque neoliberal que foi implementado no país. Aumento do desemprego, precarização do trabalho e volta da fome, estes foram alguns dos frutos podres que foram colhidos devido a toda esta estratégia de destruição nacional.

    Depois de uma intensa luta política e judicial foi provado que o líder maior dos trabalhadores era inocente e todos os processos feitos contra ele caíram por terra. O juizeco traidor da pátria foi declarado suspeito e a vara onde ele trabalhava foi declarada incompetente para os julgamentos feitos contra o líder do povo. Assim o tribunal de exceção foi desmascarado. A essa altura o juizeco já havia abandonado a carreira de juiz e estava servindo ao desgoverno nazifascista que destruía a sociedade a passos largos. Logo depois saiu corrido do desgoverno e foi se refugiar em um cargo eletivo para ter imunidade parlamentar, pois a essa altura o país já sabia “o que ele tinha feito no verão passado”.

    Os trabalhadores, depois de muita luta em prol da democracia, conseguiram eleger novamente o seu maior representante como presidente do país, mas combater o Nazifascismo nunca foi fácil na História da humanidade. Veio então uma tentativa de golpe mambembe por parte dos nazis, a qual felizmente não teve sucesso. Nesse momento, outro juiz da Suprema Corte já despontava a mais de um ano como herói nacional devido a sua luta pela manutenção do Estado Democrático de Direito. E após esta tentativa de golpe um ex-juiz de 1ª instância também começou a despontar como novo herói da nação.

    Todos os democratas da esquerda deste país sabem que este novo herói da Suprema Corte teve papel essencial para barrar a avalanche de Fake News que colocou em risco a eleição, mesmo reconhecendo que ele tem uma ligação histórica com o espectro da direita tradicional. Este juiz inclusive tem uma grande experiência na área de segurança pública, o que inclusive tem feito muita diferença nas investigações da tentativa de golpe feita pelos nazis.

    Da mesma forma, todos que se empenharam na luta contra o golpe, reconhecem a importância deste também novo herói nacional e ex-juiz de 1ª instância na luta democrática que até agora continua a ser travada contra os setores mais reacionários e golpistas da nação. Ele foi inclusive essencial para desmantelar a tentativa de golpe que foi feita. Este ex-juiz, no entanto, pertence ao espectro da esquerda do país, tem uma inteligência perspicaz, uma grande experiência como parlamentar e na administração pública e um poder de comunicação estupendo.

    Será que estamos vendo surgir uma nova corrida presidencial a ser desenhada para um futuro não muito distante?

    Será que o destino desta nação está na toga? Ou seria melhor perguntar se o futuro do país do futuro está na batida do martelo de um magistrado? No momento posso garantir pelo menos que os eleitores têm presunção de inocência garantido pelo Estado Democrático de Direito para realizar a sua escolha nas urnas, mas dependendo da escolha, ou melhor dizendo, da má escolha que será feita daqui para frente, não haverá nenhuma absolvição ou arquivamento do processo, pois só restará a condenação por dolo ou culpa e sem nenhuma possibilidade de indulto. Então é melhor que o júri popular escolha com sabedoria o seu representante, pois somente assim o desenvolvimento pleno e harmônico desta nação poderá ocorrer.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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