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    Arnóbio Rocha

    Advogado civilista, membro do Sindicato dos Advogados de SP, ex-vice-presidente da CDH da OAB-SP, autor do Blog arnobiorocha.com.br e do livro "Crise 2.0: A taxa de lucro reloaded".

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    O PIBÃO sem Pai, no país da mídia laMarçal!

    'A economia não é separada da política e vice-versa. Mas o tempo urge: dará tempo de reverter um novo caos em São Paulo?', questiona o colunista Arnóbio Rocha

    Fernando Haddad (ministro da Fazenda) e Lula (presidente da República) (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

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    O forte crescimento do PIB no segundo trimestre de 2024 fortalece o governo Lula.

    As grandes notícias positivas da economia, o centro irradiador de mudanças reais e concretas na vida humana, passaram a ser escondidas ou atribuídas ao acaso, sem reconhecer os responsáveis pela política que implementaram o programa econômico que coloca a maioria no Orçamento, priorizando o desenvolvimento voltado para o bem-estar da população.

    O terceiro mandato de Lula é marcado por uma retomada do crescimento econômico. No primeiro ano, 2023, a previsão era de que o PIB cresceria 0,8% ao longo do ano, com a crença de que esse crescimento não seria sustentável e que apenas o agronegócio seria o responsável. Ao fim e ao cabo, o PIB atingiu 2,9% e, provavelmente, numa revisão, será ainda maior, para surpresa geral dos analistas econômicos alinhados com o ultraliberalismo.

    A mídia criou o personagem “Lula da Sorte”, como se apenas a SORTE pudesse explicar o fenômeno, ignorando o trabalho árduo do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que tem feito um trabalho excepcional, garantindo a confiança na economia. Soma-se a isso o vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento da Indústria e Comércio, responsável pelo comércio exterior, que bateu recordes.

    Sem contar a sabotagem praticada pelo bolsonarista presidente do Banco Central, Campos Neto, que manteve os juros elevados, mesmo com a inflação controlada. A pressão geral fez com que os juros caíssem, mas, novamente, há uma clara política de sabotagem ao Brasil, interrompendo a redução e ameaçando aumentos, sem justificativa, além de afrouxar a política cambial, o que elevou o dólar em 20%.

    Para 2024, a previsão de crescimento do PIB era de algo em torno de 1,2%. Para "surpresa" ou, melhor dizendo, TORCIDA da mídia farialimer e dos especuladores abutres, o PIB se aproxima de 3% de crescimento, mesmo com a enorme crise no Rio Grande do Sul.

    Um colunista da Folha de S. Paulo, mais um arauto do mercado, publicou a manchete: "PIB tem melhor triênio desde 2013 e não se sabe a razão."

    Talvez o bem-informado colunista não conheça Lula, Haddad, Alckmin, ou continue acreditando que é apenas sorte. Mas, ao vaticinar, ele afirma que ninguém sabe até onde, nem por que cresceu tanto.

    Ora, essas questões trazem uma relação direta com o avanço da extrema-direita. Se nada vai bem, ou quando as coisas estão melhorando, não se sabe nem a razão, muito menos quem é o responsável pela bonança. Naturalmente, abrem-se as portas do inferno para tipos escatológicos como Bolsonaro, ou sua versão ainda mais radical (na forma, não no conteúdo), o LaMarçal.

    O crescimento da ultradireita é de responsabilidade direta da burguesia brasileira, sem nenhum pudor ou pendor democrático. Sua mídia corporativa tratou de desmoralizar a política, demonizar políticos, assassinar reputações, apoiou sem freios a Lava Jato, a escandalização, e agora tem vergonha do boçal goiano, candidato de maus modos em São Paulo?

    A economia não é separada da política. As vitórias colhidas na primeira influenciam a segunda e vice-versa. Mas o tempo urge: dará tempo de reverter um novo caos em São Paulo? Já não nos basta alguém podre como Tarcísio de Freitas e seu secretariado com nomes como Derrite?

    Parabéns, Lula, Alckmin, Haddad e demais ministros.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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