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    Durval Ângelo

    Deputado estadual (PT-MG), líder do governo na ALMG

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    O PSDB e o ‘faça o que digo, não faça o que faço’

    Seguidor de Aécio, o dono do PSDB-MG, o deputado Marcus Pestana disse que pretendia colocar “pingos nos is” em questões relativas ao Estado. Colocou pingo onde não havia “i” e bilhões a mais onde havia dinheiro de menos. A realidade o desmente. Minas foi quebrada pelo projeto pessoal de Aécio, sustentado por Pestana. O plano era não governar o Estado, mas fazer Aécio presidente

    Seguidor de Aécio, o dono do PSDB-MG, o deputado Marcus Pestana disse que pretendia colocar “pingos nos is” em questões relativas ao Estado. Colocou pingo onde não havia “i” e bilhões a mais onde havia dinheiro de menos. A realidade o desmente. Minas foi quebrada pelo projeto pessoal de Aécio, sustentado por Pestana. O plano era não governar o Estado, mas fazer Aécio presidente (Foto: Durval Ângelo)

    Seguidor de Aécio Neves, o dono do PSDB-MG, o deputado Marcus Pestana disse em seu artigo neste jornal, em 2 de abril, que pretendia colocar “pingos nos is” em questões relativas ao Estado. Acabou colocando pingo onde não havia “i” e bilhões a mais onde havia dinheiro de menos. Mas a própria realidade o desmente.

    A crise econômica, a pior de nossa história, atinge todos os Estados. Basta ler os jornais para saber. Quem fez o dever de casa até 2014, antes do agravamento da crise, enfrenta em melhores condições as vacas magras.

    Não é o caso de Minas, quebrada pelo projeto pessoal de poder de Aécio, sustentado por Pestana. O plano era não governar o Estado, mas fazer Aécio presidente já em 2010. Daí o desperdício de mais de R$ 2 bilhões na Cidade Administrativa. Queriam uma Brasilinha para chamar de sua e exibir ao país.

    Foi assim que endividaram o Estado, elevaram os empréstimos em dólar, esvaziaram os caixas das estatais, hoje alvos da Lava Jato por decisões que lesaram o patrimônio dos mineiros, maquiaram dados e deram aumentos salariais cuja fatura estamos pagando.

    A maior parte dos aumentos concedidos pelo senador Antonio Anastasia, então governador, teve impacto somente no governo atual, prática que agora quer proibir com um projeto de lei. Só isso elevou a folha salarial em ao menos R$ 2,5 bilhões, honrados por nós, que temos compromisso com o trabalhador.

    Em parte, mas não apenas por isso, o superávit que Pestana diz ter sido identificado pelo Banco Central era, na verdade, um déficit de quase R$ 8 bilhões. Somente em empenhos, dívidas contraídas por eles com obras e custeio, foram cancelados mais de R$ 1 bilhão. Um calote que coube a nós pagar.

    Desfizemos a mentira e mostramos que deixaram o Estado no vermelho. A própria oposição na Assembleia Legislativa avalizou os argumentos ao aprovar a nova peça orçamentária.

    A explosão dos gastos de pessoal, como vimos, é obra tucana: somente de 2010 a 2016, o salto foi de 22,2% da receita disponível para 46,9%, sendo que, nos dois últimos anos (2015-2016), isso ocorreu graças, quase exclusivamente, aos aumentos que Anastasia concedeu com o chapéu alheio. Houve impacto também na Previdência, com o déficit indo de já explosivos R$ 7 bilhões, em 2014, para R$ 10 bilhões apenas um ano depois.

    Não se conserta tamanho estrago em apenas três anos. Mesmo assim, controlamos o déficit e mantivemos o Estado de pé, preservando serviços essenciais como educação, saúde e segurança, apesar da crise e do cerco do governo Temer, que vem, com apoio dessa oposição, atrapalhando ainda mais a vida dos mineiros e das mineiras.

    Se desejava colocar tudo em pratos limpos, Pestana terminou, na verdade, cuspindo não apenas no prato em que comeu, mas também para cima. Não sei o que é pior: esse grupo do PSDB no Estado ou o grupo do PSDB estadual que tomou conta de Brasília.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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