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Adilson Roberto Gonçalves

Pesquisador científico em Campinas-SP

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Política e milícia

As votações no Congresso Nacional têm revelado o pior que há em termos de representatividade política

(Foto: Roque de Sá / Agência Senado)

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As votações no Congresso Nacional têm revelado o pior que há em termos de representatividade política. A pauta de costumes, liderada pela Bancada Evangélica, forçou uma ampliação dos limites, refreada apenas momentaneamente porque Arthur Lira sentiu que a população não quer avançar na ameaça a certos direitos. Mas há também a milícia por trás dos retrocessos. Até editoriais dos jornalões paulistas alertam para a questão.

 Por exemplo, o Estadão estampou sua preocupação com “a união de maus políticos e milicianos”, ressaltado a milícia fluminense e suas conexões. Porém, esse grupo político esteve no governo federal e manteve suas fortes ramificações no Congresso Nacional. Fato é que as ações de milícias, a influência religiosa na política e as pautas retrógradas da direita estão intimamente ligadas. Exemplo desses “apitos de cachorro” para testar limites e agregar seus adeptos foi o ressurgimento da PEC da Privatização das Praias.

 A proposta é para atender interesses de uma elite pouco afeita a benefícios públicos e veio à tona agora para ser mais uma munição da extrema-direita contra projetos sociais e de preservação ambiental. Servirá, tal qual a chamada pauta de costumes, para aumentar a fronteira artificial dos que a apoiam, mesmo que seja derrotada.

 Não apenas aqui o alerta está aceso. Com outras denominações e grupos de apoio, a ascensão da extrema-direita no mundo é cíclica, parecendo que uma nova corrida pelo “espaço vital” se aproxima. O Brasil poderia ser um polo de resistência a essa ordem, mas o extremismo está consolidado aqui, apesar de derrotado por margem mínima nas urnas em 2022. Se Donald Trump realmente triunfar nos EUA teremos um cenário nunca antes visto, mesmo no entreguerras, em que será a Ásia o contraponto político

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