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    Heba Ayyad

    Jornalista internacional e escritora palestina

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    Resolução para cessar-fogo é adiada

    Esse adiamento foi decidido para permitir novas discussões sobre este projeto de resolução, que foi preparado por vários membros não permanentes do Conselho

    Conselho de Segurança da ONU (Foto: Valery Sarifulin/TASS)

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    Uma votação marcada para sábado no Conselho de Segurança da ONU sobre um novo projeto de resolução pedindo um cessar-fogo “imediato” em Gaza foi adiada para segunda-feira, em uma tentativa de evitar outro fracasso depois que a Rússia e China usaram seu poder de veto na sexta-feira contra um projeto dos EUA, conforme relatado por fontes diplomáticas à AFP.

    As fontes explicaram que esse adiamento foi decidido para permitir novas discussões sobre este projeto de resolução alternativo, que foi preparado por vários membros não permanentes do Conselho.

    Na sexta-feira, a Rússia e a China usaram seu veto no Conselho de Segurança contra um projeto de resolução estadunidense que apoiava o apelo a um cessar-fogo entre o Hamas e Israel.

    A delegada dos EUA nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, disse que o duplo veto não é apenas “malicioso”, mas também “ridículo”. Ela acrescentou: “A Rússia e a China simplesmente não querem votar a favor de uma resolução elaborada pelos Estados Unidos” e preferem ver os Estados Unidos “fracassarem” à custa do “sucesso” do Conselho.

    O delegado russo Vasily Nebenzia observou que os Estados Unidos não estavam fazendo quaisquer esforços para conter Israel, zombando de Washington por falar sobre um cessar-fogo depois de “Gaza ter sido efetivamente varrida da face da terra”.

    Após esta rejeição do texto estadunidense, estava previsto que um projeto de resolução alternativo fosse colocado em votação no sábado, patrocinado por oito membros não permanentes do Conselho (Argélia, Malta, Moçambique, Guiana, Eslovênia, Serra Leoa, Suíça e Equador).

    A jornalista Heba Ayyad obteve uma cópia deste pequeno projeto, que consiste em apenas quatro parágrafos. No primeiro parágrafo, apela-se a um cessar-fogo imediato no Ramadã, seguido de um parágrafo sobre a libertação de reféns e a expansão e facilitação do acesso humanitário a todos em Gaza. 

    O Conselho de Segurança, guiado pelos objetivos e princípios da Carta das Nações Unidas, lembrando todas as decisões que tomou a respeito da situação no Oriente Médio, incluindo a questão da Palestina, e reiterando sua exigência de que todas as partes cumpram suas obrigações nos termos da lei internacional, incluindo o direito internacional humanitário e o direito internacional dos direitos humanos, denunciando todos os ataques a civis e bens civis, bem como todos os atos de violência e hostilidades dirigidos contra civis, e todos os atos de terrorismo, e expressando profunda preocupação com a situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, em Gaza, e reconhecendo os esforços diplomáticos em curso por parte do Qatar, do Egito e dos Estados Unidos, com o objetivo de alcançar a cessação das hostilidades, liberar reféns e aumentar o fornecimento e distribuição de ajuda humanitária.

    1- Exige um cessar-fogo imediato durante o mês do Ramadã, respeitado por todas as partes, levando a um cessar-fogo permanente e sustentável.

    2- Exige a libertação imediata e incondicional de todos os reféns, bem como a garantia de acesso humanitário para satisfazer suas necessidades médicas e outras necessidades humanitárias, e exige ainda que as partes cumpram suas obrigações no âmbito do direito internacional em relação a todas as pessoas que detêm.

    3- Enfatiza a necessidade urgente de expandir o fluxo de assistência humanitária aos civis em toda a Faixa de Gaza e de reforçar sua proteção, e reitera seu apelo para que todas as barreiras à prestação de assistência humanitária sejam eliminadas em grande escala, de acordo com as recomendações internacionais de direito humanitário, bem como com as resoluções 2712 (2023) e 2720 (2023).

    4- Decide permanecer sob consideração ativa do assunto.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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