STF pode julgar tranquilo: Exército não vai intervir
"Não há risco de o Supremo ser fechado por 'um soldado e um cabo' se votar pela suspeição do ex-juiz Sérgio Moro e anulação do julgamento do ex-presidente Lula", diz Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia
Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia
A rejeição do Alto Comando do Exército ao pleito do general Otavio Rego Barros que tencionava receber a quarta estrela é um claro revés não só de Rego Barros, mas do governo Bolsonaro.
Se ele alimentava alguma esperança de contar com o apoio do Exército para alguma aventura do tipo autogolpe, pode tirar seu cavalinho da chuva.
O Exército sinaliza que não engoliu a demissão truculenta e imotivada do general Santos Cruz, nem está disposto a seguir a cartilha bolsonarista, ao nomear um general que serviu ao governo Dilma para chefiar o Comando Militar da Região Sudeste em lugar do ex-comandante que foi para o governo.
A decisão também dá a entender que as pressões dos generais Eduardo Villas Boas e Augusto Heleno sobre o STF são de suas responsabilidades, não representando alinhamento automático do Alto Comando às suas teses.
Não há risco de o Supremo ser fechado por “um soldado e um cabo” se votar pela suspeição do ex-juiz Sérgio Moro e anulação do julgamento do ex-presidente Lula.
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* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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