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Davis Sena Filho

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Stuart Angel tem de ser resgatado pelo Flamengo e Landim et caterva tem de pegar o rumo do olho da rua

Trata-se de uma questão de restauração da verdade, da humanidade, da civilização e do Flamengo

Stuart Angel (Foto: Reprodução)

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Viva Stuart Angel Jones!

A democracia começa pelos mulambos!

Aviso à diretoria de direita e elitista do Flamengo: O Clube de Regatas do Flamengo é do povo, pertence ao povo, cuja torcida de maioria pobre e negra espalhada por todo o Brasil é apaixonada, mas chamada, preconceituosamente, por seus adversários no passado e no presente de urubu e mulambo(a), apesar de o urubu virar símbolo da nação e do clube por intermédio do tempo.

O Flamengo é um clube de caráter nacional. O único realmente nessa condição, pois com torcida presente em todos os estados deste imenso País. Eu, Davis Sena Filho, sou parte disso há muitas décadas, pois rubro-negro. Avisem à diretoria sectária e elitista do Flamengo que o campeão de remo Stuart Angel Jones é também urubu e mulambo e por isso merecedor de todo o respeito e consideração.

Dado os avisos, iniciemos, pois: 

A atual diretoria do Clube de Regatas do Flamengo liderada pelo presidente Rodolfo Landim e seus parceiros, que ocupam cargos importantes na agremiação social e esportiva, a despeito do que dizem ser tal diretoria uma boa administradora do clube, que iniciou sua incrível arrancada para se tornar um dos clubes mais ricos da América do Sul e Latina, bem como ter conquistado títulos importantes nos últimos cinco anos.

Porém, tudo isso aconteceu graças, primeiramente, aos muitos anos de saneamento das finanças e dívidas do gigante clube rubro-negro, quando o ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello, atualmente deputado federal, tornou-se presidente do clube (2013/2018) e por longos seis anos tratou de modernizá-lo, inclusive juridicamente quanto ao Estatuto, assim como colocou a mão na massa para que o Flamengo se tornasse a potência que é em termos econômicos e estruturais.

Após a cisão que ocorreu no grupo político que assumiu o poder em 2013, a ter à frente o Bandeira de Mello, Rodolfo Landim e seu grupo, com destaque também para o vice-presidente de futebol Marcos Braz, herdaram a revolução administrativa acontecida no Flamengo, mantiveram as principais premissas administrativas implementadas pela diretoria anterior e, consequentemente, deram continuidade à caminhada de glórias rumos aos títulos do clube mais popular do Brasil e da América Latina, com cerca de 40 milhões de torcedores, uma realidade que torna o rubro-negro um fenômeno da natureza, como dizia o escritor Nelson Rodrigues.

Por seu turno, nem tudo se resume às glórias das vitórias e dos títulos tão sonhados pela torcida do clube do povo recentemente conquistados. O Clube de Regatas do Flamengo enfrenta percalços e obstáculos em sua caminhada mais do que centenária. O Rubro-Negro, que nasceu em novembro de 1895 como clube de remo, estreou no futebol em 3 de maio de 1912, em uma partida contra o Mangueira, que terminou 15 a 2 a favor do Mais Querido. Tratava-se tal vitória de prenúncio fantástico e aviso público, no que tange à sua história e ao seu futuro repleto de glórias.

De outro modo, e apesar de tudo o que aconteceu ao Flamengo, “para o bem” e “para o mal”, nada pior do que uma diretoria, que mesmo vitoriosa, teima em tomar decisões insensatas, imprudentes e até mesmo exasperadas, no sentido de não ter percepção e compreensão acurada, que deveria ser um processo natural àqueles e àquelas que administram um clube tão grande, de caráter realmente nacional, que é fonte e espelho de admiração de 40 milhões de torcedores, segundo estimam os inúmeros institutos de pesquisas, além de ser uma associação profundamente popular.

Então vamos ao que interessa: Rodolfo Landim e seus vice-diretores e assessores diretos tem de sair do Flamengo, porque envergonham o Flamengo, a torcida e a sociedade organizada, que busca consolidar os marcos civilizatórios deste País, que foi vítima dos algozes da ditadura militar, bem como dos verdugos de um desgoverno militar e ultraneoliberal liderado por Jair Bolsonaro, seus generais e o tenebroso ministro da fome, da dor e do desassossego, Paulo Guedes.

Rodolfo Landim é pródigo em ser insensato a cometer desfaçatez, sendo que parece não conhecer a alma do Clube de Regatas do Flamengo, um clube de tradição democrática, que, apesar de muitos diretores através do tempo pertencerem às camadas mais altas da burguesia carioca, como acontece na maioria dos clubes considerados grandes, sempre foi uma associação aberta, com eleições diretas e praticamente livre de escândalos políticos e eleitorais, como aconteceu em outros clubes, quando até pessoas mortas e falsos sócios votaram, de maneira a terem seus certames eleitorais judicializados.

Portanto, “Fora Landim!” e sua patota que tomam atitudes abjetas que não denotam o que é o Flamengo e sua história. O Flamengo da inclusão social, das ações sociais, multiesportivo, a formar milhares e milhares de atletas masculinos e femininos em inúmeros esportes, que movimentam a paixão de muitos brasileiros, a dar-lhes oportunidades e satisfação em vida.

Landim é um neoliberal no que concerne à economia e fica preso a números, além de ser politicamente um direitista, que apoiou um desgoverno militarista e ultraliberal, que isolou o Brasil do mundo civilizado e o tornou um pária mundial. As piores realidades aconteceram no período da ditadura militar bolsonarista disfarçada de legal e legítima, quando na verdade Jair Bolsonaro se valeu da prisão ilegal de Lula e do golpe de estado bananeiro e terceiro-mundista promovido pela casa grande brasileira, de onde gente como o Landim saiu e, se não saiu, entrou.

Para a vergonha e infelicidade do Flamengo e de torcedores como eu, que se consideram civilizados e democratas, as péssimas atitudes e os maus comportamentos de Landim causam revolta e indignação e por isso transformam um clube popular da grandeza do Flamengo em um clube cujas lideranças o apequenam perante a sociedade, porque Landim e seus diretores se mostram completamente alienados e dissociados das realidades políticas que aconteceram e acontecem no Brasil, injusto e violento, no decorrer de sua brutal história.

O País que escravizou seres humanos por quase 400 anos, além de ser uma terra em que suas “elites” econômicas apoiam golpes e promovem a ascensão de fascistas e ditadores à Presidência da República, de maneira criminosa, a usarem até o Direito, como ocorreu em 2016, para levar presidentes à deposição, pois dessa última vez não deu para colocar os tanques nas ruas em uma quartelada promovida por mafiosos de todos os matizes, a exemplo de 1964.

Landim é o líder de uma diretoria que se nega a reviver a memória e honrar o nome de Stuart Angel Jones, estudante de Economia da UFRJ e atleta remador do Flamengo, que com apenas 25 anos foi perseguido, preso, torturado e morto por militares do Centro de Informações da Aeronáutica. Trata-se do tenebroso e brutal Cisa, que atuou, sistematicamente, no período mais duro da repressão militar/policial/empresarial, efetivada pela ditadura militar, juntamente com seus congêneres, o Ciex, do Exército, e o Cenimar, da Marinha.

Stuart é filho de Norman Jones e Zuzu Angel Jones, sendo que é irmão da jornalista Hildegard Angel, que até os dias de hoje sofre com a morte e o desaparecimento de seu irmão ocorridos em 1971, assim como luta intermitentemente contra os fascistas, os covardes e levianos que aderem, como verdadeiros crápulas que são, a governantes e grupos fascistas, a exemplo do deletério e infame Jair Bolsonaro e todos seus sabujos e apoiadores, que destruíram o Brasil e envergonharam a nação perante a comunidade internacional.

Zuzu Angel é a mãe de Stuart, o atleta campeão pelo Flamengo. A estilista foi também vítima da ditadura militar, sendo que em 1976 foi vítima de um “acidente” de carro na Estrada da Gávea, quando a verdade é que ela foi alvo de conspiração e assassinato por parte dos órgãos de repressão da ditadura, sendo que a cúpula presidencial da época, ou seja, o general Ernesto Geisel e seus generais, de poder e mando, sabiam e autorizavam que tais assassinatos ocorressem sem terem um mínimo de vergonha na cara. 

E o Landim?

Enquanto isso, no ano de 2023 e no mês de maio, Rodolfo Landim, um sujeito sem noção do que se trata, mas se ele tem noção, então, se trata de um sujeito pérfido, cruel, insensato e perverso, próximo à amoralidade, ou seja, tenta ser neutro num assunto que não cabe tergiversações e muito menos, neste caso, imoralidade, pois não é possível e nem aceitável que esse indivíduo que apoiou e deve ainda apoiar o fascista Jair Bolsonaro continue à frente do Flamengo para afrontar a sociedade civil e desrespeitar a família Angel Jones, que desde 1971 é vítima dessa incomensurável dor, que é perder um ente amado nas condições cruéis em que sua morte aconteceu.  

Saia do Flamengo, Landim, e toda sua diretoria, inclusive sua mulher, Ângela Machado, que criticou açodadamente e preconceituosamente o povo nordestino por ter votado em maioria a favor de Lula, bem como não parou por aí, pois quando o Flamengo, meu time do coração e de infância, foi campeão da Libertadores de 2022, ela disse o seguinte: “Vencemos uma. Falta a outra”, sendo que, junto com a frase, Ângela ainda apareceu em foto com o lateral direito Rodinei, a fazer com os dedos das mãos o 22, o número do partido do fascista Jair Bolsonaro. A "outra", segundo Ângela, é a vitória eleitoral em 2022 por parte do Bolsonaro, de codinome Bozo, mas que não aconteceu. Lula está no poder. Ele é o presidente.

Todavia, ainda não acabou. Existem fotos de Landim e grande parte da diretoria do Flamengo a aparecer em fotos e a fazer o 22 do pior presidente em todos os sentidos que este País sofrido já teve, a desonrar profundamente o povo brasileiro, a imensa parte que não foi cúmplice de tantos crimes e por isso jamais votou no protofascista, que tentou durante quatro anos implantar mais uma ditadura militar no Brasil, dessa vez por meio do combate às urnas eletrônicas, que ele sabotou no decorrer de todo o seu desgoverno fascista e perversamente ultraneoliberal. Landim e seus asseclas usaram o clube do povo para apoiar o chefe de um desgoverno fascista fracassado e moralmente corrompido, que governou apenas para os ricos, como o é o Landim.

Agora estamos aí, à espera desse insensato direitista ideológico, que atende pelo nome de Rodolfo Landim, de maneira que ele mande fazer uma placa e gravá-la com os dizeres que homenageiam o atleta do Flamengo Stuart Angel Jones, que está vivo nos corações daqueles que amam sua pessoa e memória, sendo que eu, que não o conheci, sinto-me indignado e revoltado com o que aconteceu com o atleta rubro-negro, que, por ser rubro-negro e cidadão brasileiro, deveria ser respeitado pela diretoria bolsonarista do Flamengo, que por todo o desgoverno fascista deu, vergonhosamente, apoio e demonstrações de satisfação ao estar ao lado de um dos piores brasileiros que este País teve o azar de produzir em toda sua história. Se não for, individualmente, o pior.  

Ainda soa e repercute uma nota de conteúdo deletério, que se confunde com uma cafajestada ou patifaria, bem como uma segunda punição contra aquele que foi perseguido, preso, torturado e morto, sem ter chance de se defender fisicamente e judicialmente. Stuart era um jovem pleno de vida, que fazia esporte, estudava e tinha opinião e optou por combater a ditadura. Sua atitude é sinal de caráter. Bom caráter! Ponto.

Nada, mas nada mesmo, senhoras e senhores caras pálidas, reacionários, analfabetos políticos e ignorantes sobre história, permitirá que as pessoas que hoje controlam o poder no Flamengo se utilizem de argumentos sórdidos e falsos, de forma a diminuir a conduta e a moral do cidadão brasileiro Stuart Angel Jones, ao tempo que pretendem protelar a recolocação da placa que homenageia o remador rubro-negro desde 2010, que estava localizada na garagem de remo do Flamengo e que foi removida, em 2016, assim como tem paradeiro desconhecido.    

Mas, em 2016, quem governava o Flamengo era o Bandeira de Mello. É verdade. Como também é verdade que a placa sumiu nas reformas para as Olimpíadas, fato que obviamente não estava sob o controle do presidente Bandeira. Porém, em 2019, inúmeros sócios do clube realizaram homenagem ao remador Stuart e a diretoria bolsonarista do Flamengo soltou nota infame e absurda ao afirmar que (...) o Flamengo é uma verdadeira nação com diversas opiniões e crenças e por isso não se posiciona sobre assuntos políticos.

Ora veja, quanta preocupação com a “nação” e a “democracia” por parte de Landim e seus assemelhados, não? Essa gente dissociada do povo brasileiro, que ora manda no Flamengo, apoiou um fascista na Presidência e, consequentemente e evidentemente, as inúmeras tragédias, crimes e crises que o desgoverno de Bolsonaro perpetrou, sem choro e sem vela.

E agora essa diretoria sem eira nem beira vem com essa conversa mole que não se envolve com política, sendo o que essas pessoas direitistas só fizeram política ao apoiar o desgoverno tenebroso e incompetente de Bolsonaro durante quatro anos. Estão aí os jornais e a internet que comprovam as relações estreitas da diretoria do Flamengo com o fascismo brasileiro, na pessoa de Bolsonaro. É mole ou quer mais, cara pálida?!

O Ministério Público ordenou a recolocação da placa de Stuart Angel. O Ministério dos Direitos Humanos vai pressionar essa estúpida e reacionária diretoria do Flamengo. Trata-se de uma questão de RESTAURAÇÃO da verdade, da humanidade, da civilização e do Flamengo, que não merece ter uma diretoria que apoiou o chefe de um desgoverno militar e empresarial brutal, responsável por incontáveis mortes no Brasil.

Que esses caras da diretoria saiam do Flamengo! Restaurem o nome, a memória e a homenagem a Stuart Angel Jones, o remador, o estudante e o combatente, que enfrentou o fascismo e a ditadura militar. É isso aí.

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