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    Victor Assis

    Dirigente dos comitês de luta contra o golpe em Pernambuco e editor do Diário Causa Operária

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    Uma polêmica amigável com os companheiros do Eu Acho é Pouco

    Qual a política a ser seguida pelas agremiações frente à continuidade da pandemia de coronavírus?

    (Foto: Edson Lopes Jr / Prefeitura de São Paulo)

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    Victor Assis, DCO

    O objetivo deste artigo é abrir um debate entre os companheiros da troça carnavalesca Eu Acho é Pouco e entre todos os foliões de Olinda acerca do cancelamento do carnaval de 2022.

    Registro, antes de tudo, que sou um grande admirador do bloco, um dos milhares e milhares que já ajudou a segurar seu imponente dragão e que já brincou muito ao som de sua orquestra. Sempre considerei o Eu Acho é Pouco um dos pontos mais altos do carnaval de Olinda e me vejo como um companheiro de luta de incontáveis de seus membros ligados à ala lulista do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e do Partido dos Trabalhadores (PT).

    Dito isso, iniciemos a discussão.

    O retorno impossível ao “fique em casa”

    No dia 13 de dezembro de 2021, o Grêmio Lítero Recreativo Cultural Misto Carnavalesco Eu Acho é Pouco anunciou, por meio de suas redes sociais, que não iria desfilar no carnaval de 2022. O motivo, conforme a mensagem deixa claro, é a continuidade da pandemia de coronavírus:

    “Com a certeza de que é preciso estar atentos e fortes, em especial no que ainda estamos a atravessar nessa pandemia, o Grêmio Lítero Recreativo Cultural Misto Carnavalesco Eu Acho é Pouco comunica que não vai sair no Carnaval 2022”.

    A declaração oficial não apresenta uma data para o retorno às ruas, dando a entender que isso dependerá do desenvolvimento da crise sanitária:

    “Sonhamos com essa salvação catártica de Momo. Que ela venha quando for possível! Até lá, vemos vocês aqui, nas nossas redes… As ladeiras de Olinda que nos aguardem: voltaremos”.

    Embora os motivos apresentados para não sair às ruas sejam nobres, a oposição entre o carnaval e o combate à crise sanitária é uma falácia.

    Segundo os dados oficiais, o Brasil já contaria com 67,5% de sua população vacinada. Isto é, dois a cada três brasileiros estariam imunizados. O número de mortos pelo coronavírus, que já chegou a mais de 4,2 mil em um único dia, hoje está na casa das dezenas, a nível nacional.

    Embora muito reduzidos, os números ainda são macabros — afinal, a crise sanitária continua tirando vidas. Assim, pareceria razoável dizer que, enquanto o coronavírus estivesse matando, não seria prudente realizar o carnaval. Seria, se o Brasil fosse a Venezuela, que, apesar de ser um país muito mais pobre, levou o combate à pandemia tão mais a sério que o número de óbitos registrado é 113 vezes menor!

    Queira o Eu Acho é Pouco ou não, o Brasil do dia-a-dia é um país que ignora completamente a pandemia. Quer dizer, que, embora ainda sofra com números absolutos altos de casos e mortes, vive como se não existisse mais a crise sanitária. As máscaras só são utilizadas, como mera formalidade, em alguns locais fechados que as exigem, como transportes de aplicativo, alguns supermercados e algumas repartições públicas. Os bancos, que são locais de grandes aglomerações, já estão obrigando até mesmo os trabalhadores do grupo de risco a voltarem para o trabalho presencial. O transporte público, que foi, durante a pandemia, um dos principais meios de contágio, continua lotado. O tal álcool em gel, que a vigilância sanitária até havia conseguido, por meio do terror, impor à maioria dos estabelecimentos comerciais, hoje falta até no aeroporto. As praias estão liberadas, os centros de compra estão liberados, as igrejas estão liberadas e, mais recentemente, até os estádios de futebol foram completamente liberados.

    Eventos artísticos fechados com milhares de pessoas também voltaram a acontecer. Em artigo publicado no dia 30 de dezembro de 2021, de título “Covid faz França suspender shows, e Brasil volta a atrair artistas internacionais”, a Folha de S.Paulo destaca que “festivais de renome como as versões nacionais do holandês DGTL, do alemão Time Warp e o recém-chegado Gop Tun —com lineup poderoso— anunciaram recentemente que devem ocorrer normalmente no primeiro semestre de 2022” no Brasil.

    Em meio a todo esse cenário, a preocupação dos diretores do Eu Acho é Pouco poderia até ser justificável de um ponto de vista isolado e abstrato, mas é injustificável de um ponto de vista social. Seria o mesmo que, em uma vila em Fucuchima, contaminada por radiação, uma família se preocupasse em não esquentar a comida no micro-ondas porque talvez pudesse haver a possibilidade disso causar câncer.

    O mito das “grandes aglomerações”

    Um argumento comumente usado por aqueles que defendem o cancelamento do carnaval é o de que, embora tenha havido um relaxamento do isolamento social, esse tipo de festividade seria um evento muito atípico, que concentraria muito mais gente que o normal — além de receber muitos turistas — e que, portanto, seria muito mais propício à proliferação do coronavírus. Trata-se, contudo, de um mito.

    O carnaval de Olinda, que é um dos maiores do País, recebeu, durante cinco dias de 2020, 3,6 milhões de pessoas, segundo a Prefeitura da cidade. Apenas o metrô de São Paulo, por outro lado, recebe, por dia, 5 milhões de passageiros, segundo o Governo do Estado. E quem usa o metrô, sabe que é tão ou mais lotado que uma ladeira de Olinda no carnaval, sem contar o fato de que é um ambiente fechado!

    No carnaval de rua, é impossível fiscalizar quem está de máscara ou não. Mas isso não é muito diferente do metrô nos horários de pico e é exatamente igual aos estádios de futebol. Quanto ao fato de que as pessoas costumam consumir muitas bebidas e alimentos, o que as obriga a retirarem as máscaras, o mesmíssimo é válido para os estádios, para as festas privadas e para os restaurantes.

    Em 2021, houve sete atos nacionais pelo Fora Bolsonaro, dos quais muitos membros do Eu Acho é Pouco participaram. Em nenhum dos atos, que duravam horas e tinham a configuração muito parecida com a de um carnaval de rua, houve qualquer registro de um aumento no número de casos de coronavírus.

    Mas se, apesar de o carnaval não ser uma “aglomeração especial”, alguém estivesse preocupado em minimizar ao máximo o risco de contágio, seria possível fazê-lo? Sim, obviamente. Se há pessoas de grupo de risco que não se sentem seguras em estar nas ruas, mesmo vacinadas, que fiquem em casa, ajudando o bloco de outra forma, para que outros companheiros possam manter a folia. Se um determinado bloco não quer causar uma aglomeração gigantesca, que saia em um dia com menos gente. Combine para sair em um dia em que haja menos blocos, ou até saia fora dos dias oficiais de carnaval! Escolha um lugar bem amplo, aberto. Se achar que deve, embora não consideremos muito democrático, restrinja a quantidade de pessoas.

    Como podemos ver, existem mil e uma possibilidades de driblar os problemas da crise sanitária. Mas a escolha de cancelar o carnaval, em vez de simplesmente fazê-lo ou de ao menos adaptá-lo, corresponde a um determinado interesse, que certamente os companheiros do Eu Acho é Pouco não estão levando em consideração.

    A quem serve o cancelamento do carnaval?

    O carnaval de rua, em especial em cidades como Olinda, Recife, Salvador e Rio de Janeiro, demanda um gasto astronômico por parte do Poder Público.

    Em 2019, a Prefeitura investiu, segundo ela própria, R$6,8 milhões. Um valor altíssimo, que em muito atrapalha a operação fundamental de toda prefeitura: roubar do povo e dar para os bancos. Por isso, a Prefeitura de Olinda vem montando um esquema para que o carnaval não atrapalhe essa pilhagem de rotina. De todo esse montante, apenas R$1,6 milhão é pago diretamente pela Prefeitura diretamente, que é um valor que normalmente é arrecadado de volta por meio de impostos gerados pela circulação da economia e pelo turismo. O restante dos investimentos é oriundo da iniciativa privada, que se esbalda em uma predação criminosa sobre a festa do povo, loteando ruas e calçadas, estragando decorações, estabelecendo monopólios e, é claro, fazendo muita propaganda às custas do carnaval que não custará um centavo, pois será “comprada” com isenções de imposto…

    É um grande esquema, que, é claro, satisfaz muita gente e alimenta muitas máfias espalhadas pela cidade. Corre o boato de que, para um bloco hoje conseguir que a prefeitura forneça uma orquestra — o que em tese é obrigatório —, seus diretores não podem apoiar os adversários do atual prefeito, o bolsonarista Professor Lupércio. No entanto, se simplesmente pudessem acabar com o carnaval, os bancos, os maiores parasitas que a humanidade já viu, o fariam. E é por isso que, há muito, os capitalistas vêm pressionando para reduzir os investimentos no carnaval. Antes da pandemia, inclusive, várias cidades já haviam cancelado o carnaval alegando problemas nos ”cofres públicos”. Foi o caso, em 2019, de Camaragibe, uma das dez maiores cidades de Pernambuco.

    Se a direita já tinha o interesse de acabar com o carnaval, agora ela terá motivos dobrados. Por um lado, o Estado está falido, enforcado com a crise econômica agravada pela pandemia. Por outro, fazer um carnaval minimamente organizado, que de fato se preocupasse em evitar aglomerações, priorizando as festas descentralizadas nos bairros, oferecendo vacina e atendimento médico a quem precisasse, tornaria tudo muito mais custoso.

    O que a direita quer é aproveitar a pandemia para realizar o seu sonho de sempre — liquidar o carnaval. Por isso, em vez de enfrentar os problemas concretos — aglomeração, logística, vacinação etc. — com soluções, apresenta uma falsa solução: o cancelamento do carnaval.

    O que desmascara ainda mais a farsa de que a direita esteja preocupada com o contágio durante o carnaval é que os camarotes e festas privadas não estão sob risco algum de serem cancelados. Esses eventos, que muitas vezes apresentam maior risco de contaminação do que as festas de rua, são tratados a pão de ló pelas administrações municipais, pois não necessitam de um investimento tão poderoso do Estado: o dinheiro do povo vai direto para a conta bancária dos empresários que sustentam os prefeitos e vereadores.

    O festival Olinda Beer, uma festa privada que reúne cerca de 50 mil pessoas em um único dia e cuja entrada custa algumas centenas de reis,  está mais do que mantido.

    A questão da necessidade

    Há quem diga que essa discussão toda não é tão importante assim. Que mesmo que haja alguma contradição entre o tratamento do Estado ao carnaval de rua e aos camarotes, o carnaval não é uma necessidade do povo — como saúde e educação — e que, por isso, não merece ser alvo de uma discussão séria. Ledo engano.

    Dizer que algo que envolve dezenas de milhões de pessoas não tem importância é uma colocação, no mínimo, antidemocrática. Poucas coisas são tão populares, apelam tanto às massas, quanto o carnaval. É o momento de seu José e dona Maria, que comeram o pão que o diabo amassou durante o ano, esquecerem um pouco a vida dura e cair na folia. É, portanto, uma manifestação popular, um momento importante na cultura do povo brasileiro. O que a direita quer fazer — além de mentir, ao dizer que “não tem dinheiro” — é passar por cima de um direito elementar: o da livre manifestação. Quer encontrar um pretexto para impedir que o povo se manifeste.

    E ela o faz de uma maneira consciente. Como o carnaval é uma reação à tortura da vida cotidiana, ele é essencialmente uma manifestação de caráter político. Afinal, o motivo pelo qual a vida do povo é uma tortura é político, e o carnaval é um momento para se debochar, ridicularizar e e extravasar contra os seus torturadores. O carnaval, ao contrário do que possa se pensar, é uma festa altamente politizada — tanto é assim que o carnaval de 2019 foi o maior ensaio para o grito de “Fora Bolsonaro”, quando as massas começaram a gritar “Ei, Bolsonaro, vai tomar no c*”.

    Acabar com o carnaval cumpre, assim, uma função dupla: corta os gastos que os bancos não querem que o Estado tenha e ainda amordaçar as massas furiosas.

    Qual a importância da posição do Eu Acho é Pouco?

    Comecei o artigo debatendo com as ideias dos diretores do Eu Acho é Pouco e passei a discutir os interesses da direita em acabar com o carnaval. O que uma coisa tem a ver com a outra?

    Ora, para que consiga levar adiante a sua política criminosa e anti-povo, a direita precisa encontrar alguma aceitação entre o povo e suas organizações. Por isso, procura pressionar, principalmente por meio da imprensa, para que cedam às suas concepções.

    Os companheiros do Eu Acho é Pouco podem não se dar conta, mas o que estão fazendo ao anunciar que não sairão no carnaval é se render a essa pressão. E essa postura exerce uma influência no carnaval de Olinda como um todo.

    O Eu Acho é Pouco é, sem dúvidas, o maior bloco de carnaval de esquerda de Pernambuco. Não simplesmente um bloco acompanhado por pessoas e militantes de esquerda, mas sim uma agremiação historicamente ligada à esquerda e com posições bem definidas. Em 2019, por exemplo, quando uma série de setores da esquerda evitavam se posicionar em relação à prisão de Lula, o bloco, oficialmente, saiu em defesa do ex-presidente.

    “Ontem fomos às ruas do Recife por Lula Livre. Salve o Blocão da Democracia e a luta por justiça e liberdade. Sigamos em defesa da democracia e do amor sempre. Lula vale a luta”. 

    No ano de 2021, quando a esquerda também se esquivou do nome de Lula, visto que ainda não há um acordo em torno de sua candidatura, o bloco também o defendeu publicamente:

    “Estamos, sonhamos, lutamos com Lula. (…) Simbora, Lula, defender a alegria e organizar a raiva. E ter esperança e gana para reconstruir uma nação que nos orgulhe, que combata o racismo, que defenda o SUS, a ciência e a liberdade de imprensa, que proteja o meio ambiente e fortaleça a educação, que respeite a população LGBTQIA+, que faça crescer a economia e diminuir a desigualdade social. (…) Olê, olê, olá… Lula”.

    O Eu Acho é Pouco foi fundado em 1976 para criticar a ditadura militar. De acordo com o próprio bloco, seus fundadores eram “arquitetos, profissionais liberais, advogados e engenheiros”  que pretendiam “tornar mais suportável a vida sob a ditadura por meio da brincadeira e da gozação”.

    Assim, quando o Grêmio Lítero Recreativo Cultural Misto Carnavalesco Eu Acho é Pouco toma a decisão de não ir às ruas, ele não está tomando uma posição isolada. Está dando a entender, para os seus seguidores, que a esquerda combativa acha que não deve haver carnaval. Está apontando, para os apoiadores de Lula, que quem defende Lula não quer o carnaval. Está sinalizando, para todos aqueles que são amantes das liberdades democráticas, que não há nada mais democrático do que atender às chantagens da direita neste caso. A posição do Eu Acho é Pouco, neste sentido, conduz o povo ao erro.

    Tenho conversado com muitas pessoas que costumam participar do carnaval, e uma coisa fica clara: elas estão com medo de sair. Estão acuadas e já falam em 2023. Uma parte se dá porque a incerteza que o governo do Estado e a Prefeitura estão dando causa uma enorme incerteza financeira. Se um grupo investir, sem saber se haverá os subsídios do Estado para compensar os gastos, ou mesmo se haverá um carnaval massivo, que permitirá extrair uma receita, ele corre sérios riscos de falir. Há, no entanto, várias formas de superar esse problema, recorrendo sobretudo ao apoio dos foliões. O próprio Eu Acho é Pouco fez isso de maneira exemplar no ano de 2020, vendendo camisas para garantir o sustento “dos trabalhadores que fazem a nossa folia”.

    O maior obstáculo, no entanto, não é esse. Se as grandes agremiações estão apoiando o cancelamento do carnaval, o que um bloco pequeno — como são a esmagadora maioria dos blocos — irão dizer? Se o Eu Acho é Pouco, que também é a maior referência política para os blocos de Olinda, diz que fazer carnaval é pôr a vida dos outros em risco, o que os blocos menores irão pensar? Vão — e já estão pensando — o que a burguesia quer: que é impossível fazer carnaval. Darão de graça o pretexto para que a Prefeitura e o Governo do Estado cancelem o carnaval.

    Estive ontem (1º) na casa de um senhor no bairro do Varadouro, diretor de um pequeno, mas bonito bloco de rua. Não o vi de máscara, não me ofereceu álcool em gel e não vi qualquer preocupação com a pandemia. A vida dele é a vida de qualquer um no Varadouro: as máscaras foram abolidas há muito tempo — se é que em algum momento a maioria dos moradores chegou a usar — e metade do bairro se encontra na igreja, onde ninguém toma cuidado algum com a pandemia, enquanto outra se encontra numa mesa de bar, onde a pandemia é só motivo de piada. Mas esse companheiro, que representa dezenas de milhões de brasileiros, disse: “não vou sair com o bloco esse ano porque a prioridade é a vida do próximo”. “Nem fora de época? Nem dando uma volta pelo bairro?”, perguntei. “Não, só em 2023”.

    Ouvindo-o, não tive dúvidas. Trata-se da campanha contra o carnaval, que começa pela direita, já penetrou os grandes blocos e começa a penetrar a mente dos blocos menores.

    Defender a alegria e organizar a raiva

    O lema que o Eu Acho é Pouco decidiu propagar durante o período da pandemia é “Defender a alegra e organizar a raiva”. Que assim seja.

    Mais do que nunca é preciso defender o carnaval de seus maiores inimigos: os bancos e seus capachos, que querem que a vida do povo seja de sofrimento, humilhação e exploração. É hora de fazer ecoar o hino das Pitombeiras: “se a turma não saísse, não havia carnaval”. Como? Todo diretor de bloco já sabe: indo atrás do povo.

    Se o Estado quer cancelar o carnaval, vamos organizar manifestações, como os belos atos que fizemos em 2021, e garantir que ele aconteça. E se não conseguirmos mudar a decisão, não tem problema. Façamos nós mesmos o carnaval. Vamos formar um conselho dos blocos e decretar que vai ter carnaval. Vamos sentar e definir que dia sai quem. Será na parte alta de Olinda, nos bairros ou ambos? Quantos blocos sairão por hora? Que tipos de cuidados sanitários serão necessários? Quem deve responder essas perguntas, com tranquilidade e sem histeria, somos nós, os foliões, e não os prefeitos e governadores funcionários dos bancos.

    Concluo esse artigo convidando os companheiros do Eu Acho é Pouco e todos — absolutamente todos — os foliões de Olinda a formar um grande comitê em defesa do carnaval. Um comitê democrático, que conte com a participação dos blocos e das organizações do povo, que debata amplamente como será a nossa festa e que já inicie a temporada de prévias.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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