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Governador participa do plantio da muda de nº 3 milhões em fazenda de remoção de carbono no Pará

"Podemos transformar a captura de carbono em uma nova economia que gera empregos verdes, em sintonia com a natureza”, afirmou o governador Helder Barbalho

Helder Barbalho (Foto: Alex Ribeiro/Ag. Pará)

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247 - No Dia Mundial do Meio Ambiente, nesta quarta-feira (5), o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), destacou o compromisso do estado com a preservação ambiental ao plantar a muda de número 3 milhões de um projeto de remoção de carbono por reflorestamento. A iniciativa, localizada na Fazenda Turmalina, no município de Mãe do Rio, alinha-se aos objetivos do Plano de Recuperação da Vegetação Nativa (PRVN) e ao Sistema Jurisdicional de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+), ambos em desenvolvimento pelo governo paraense.

O PRVN, lançado na COP de Dubai em 2023, visa recuperar 5,65 milhões de hectares de terra até 2030, promovendo a restauração florestal e criando um ambiente favorável ao investimento privado. “O restauro e o reflorestamento certamente representam uma nova vocação para o estado do Pará. Podemos transformar a captura de carbono em uma nova economia que gera empregos verdes, em sintonia com a natureza”, afirmou o governador Barbalho. Ele destacou que a área que antes gerava 10 empregos com pecuária agora gera 30 empregos, contribuindo para a mobilidade local e envolvendo a sociedade, atividades públicas e privadas.

O projeto em Mãe do Rio é desenvolvido pela startup Mombak, que foca na construção de créditos de remoção de carbono por reflorestamento. A plantação da muda simbólica marcou a conclusão do plantio da primeira fazenda de carbono da empresa na Amazônia. Autoridades municipais participaram do evento, conhecendo de perto o processo de plantio e a comunidade envolvida.

A Mombak tem como objetivo reflorestar pastagens degradadas utilizando exclusivamente espécies nativas e biodiversas. A meta é remover 20 milhões de toneladas de CO2 da atmosfera por ano até 2035, superando todo o mercado atual de remoção de carbono. Valderi Monteiro, trabalhador florestal na Fazenda Turmalina, expressou seu orgulho em participar do projeto: “plantar floresta é algo satisfatório porque eu sempre gostei de cuidar da floresta. Estamos colaborando com a conscientização não só no nosso estado, mas no nosso país e até no mundo".

Peter Fernandez, CEO da Mombak, ressaltou a importância da iniciativa. “Esse projeto é o maior de reflorestamento nativo e biodiverso da Amazônia. O Pará está excepcionalmente posicionado para liderar esse novo mercado global de remoção de carbono, que a Bloomberg prevê gerar US$ 1 trilhão por ano,” disse Fernandez. Ele comparou o potencial deste mercado ao da indústria de carne, que gera US$ 500 bilhões por ano, destacando a criação de empregos e o aumento da biodiversidade como benefícios adicionais.

O governador Helder Barbalho também anunciou que no segundo semestre o Pará realizará a primeira concessão de restauro de áreas públicas do Brasil. “Vamos conceder áreas que ainda são floresta para serem cuidadas, e áreas que um dia foram floresta, que os detentores terão que recuperar”, explicou.

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