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    Produção de resíduos no Brasil pode crescer 50% até 2050, alerta pesquisadora da UFV

    Em entrevista à TV 247, Sibele Augusta destaca que universidades desenvolvem soluções tecnológicas para gerenciamento sustentável de resíduos

    Sibele Augusta, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), e resíduos sólidos (Foto: Divulgação/ABR)

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    Beatriz Bevilaqua, 247 - Segundo o Atlas Mundial, até 2050 a produção de resíduos no Brasil deve crescer mais de 50% e poderá alcançar 120 milhões de toneladas por ano. Segundo o instituto, o número demonstra que o país carece de ações urgentes. Neste episódio falamos sobre novas tecnologias, que são desenvolvidas nas universidades públicas brasileiras, para gerir os resíduos. 

    Entrevistamos a professora da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Sibele Augusta que vem desenvolvendo projetos direcionados à avaliação de impactos ambientais, gerenciamento de resíduos sólidos e o tratamento e a valorização da biomassa gerada nos processos agropecuários. Ela também é conselheira da startup mineira BSV Green. 

    "Temos um mercado muito grande na busca por soluções para os resíduos, sejam sólidos, líquidos ou gasosos. Na graduação, incentivamos um olhar mais crítico dos nossos estudantes, de modo que busquem o desenvolvimento sustentável em suas futuras áreas de atuação. Esse engajamento é promovido por meio do trabalho de iniciação científica”, disse.

    Porém, os desafios são imensos quando se busca levar todo conhecimento desenvolvido em laboratório para a criação de um negócio estruturado. “Existe um vale entre a pesquisa e o que de fato está sendo implementado no mercado. O objetivo das deeptechs, startups com base científicas, é superar esse abismo fazendo com que a pesquisa saia da universidade e chegue para a sociedade”, explicou.

    Ela é conselheira da startup BVS Green, que nasceu da iniciativa de pesquisadores dedicados a aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo de uma década de pesquisa acadêmica em inovação, ciência e tecnologia em químicos verdes. O objetivo dos fundadores é aproveitar a abundante biomassa brasileira, em especial resíduos de atividades agropecuárias, para impulsionar a economia circular e promover a sustentabilidade.

    A professora tem observado um crescente movimento de cientistas lançando suas soluções e abrindo empresas. “Empreender não é fácil e nenhum pesquisador é preparado para isso na academia. Mas, sem esse movimento, a pesquisa pode permanecer dentro da universidade estagnada e não chegar a quem precisa. Existe uma tendência mundial deste movimento científico-empreendedor, especialmente em países desenvolvidos, e o Brasil também está fazendo mudanças positivas neste sentido, estimulando meios de transferência de tecnologia para o setor produtivo”, explicou.

    No episódio, Sibele dá mais detalhes sobre as inovações que surgem de dentro das universidades, o impacto na realidade de milhões de brasileiros e a criação de negócios de impacto com base tecnológica. 

    Assista a entrevista na íntegra aqui: 

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