Advogado de defesa de Manvailer agride colega no tribunal para simular cena do crime (vídeo)
O advogado Cláudio Dalledone Junior, defensor de Luís Felipe Manvailer, agrediu colega no tribunal como justificativa para defender que seu cliente agrediu a mulher, mas que aquele tipo de agressão, igual à cometida por ele em plenário, não mata
247 - No julgamento do biólogo Luís Felipe Manvailer, no qual ele foi condenado, nesta segunda-feira, 10, a 31 anos, 9 meses e 18 dias de prisão por assassinar sua mulher, Tatiana Spitzner, o advogado Cláudio Dalledone Junior, defensor do condenado, agrediu fisicamente uma colega de profissão. Ele agrediu a colega como recurso retórico para convencer o júri.
A agressão do advogado deixou marcas no pescoço da advogada. Dalledone usou seu ato como justificativa para defender que seu cliente agrediu a mulher, mas que aquele tipo de agressão, igual à cometida por ele em plenário, não mata.
“Uma simulação não deixa marcas simplesmente porque ela não é um fato verdadeiro, mas algo que imita um fato. O vídeo é chocante e tem deixado mulheres muito assustadas e em contato com seus traumas”, afirma a colunista Isabela Del Monde, no UOL.
Manvailer foi condenado pelos crimes de homicídio com as qualificadoras de feminicídio, meio cruel e motivo fútil, além de fraude processual. A decisão foi tomada por sete jurados, todos homens, e cabe recurso.
Além da pena de reclusão, o réu terá de pagar R$ 100 mil aos familiares de Tatiane por damos morais. No fim da audiência, o juiz Eyng relembrou a tentativa de fuga do réu para o Paraguai após o crime e, por isso, não concedeu o direito dele de recorrer em liberdade, mantendo a prisão preventiva.
Na madrugada de 22 de julho de 2018, a advogada Tatiane Spitzner, de 29 anos, foi encontrada morta, após cair do 4º andar de um prédio em Guarapuava. A Polícia Civil do estado investigou o caso como suspeita de feminicídio.
Manvailer está há dois anos e nove meses preso na Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG).
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