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Além de Michelle, aliados defendem que Bolsonaro não volte ainda para o Brasil

Eles temem que Bolsonaro possa se complicar ainda mais com a Justiça se voltar ao país

Jair Bolsonaro (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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247 - Aliados de Jair Bolsonaro (PL) aconselharam o ex-mandatário a só retornar para o Brasil em maio ou junho. A avaliação, segundo a coluna da jornalista Juliana Dal Piva, no UOL, é que um retorno precoce do ex-mandatário acabe “por atrair para ele uma visão negativa em meio a um momento em que o novo governo ainda enfrenta dificuldades e poderia até beneficiar o presidente Lula”. 

Bolsonaro tem dito que pretende voltar dos Estados Unidos, onde buscou refúgio após perder as eleições e por temer ser preso caso retorne ao Brasil, em março. Nesta semana, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também disse esperar que Bolsonaro permaneça por mais tempo em solo estadunidense.  "Acho que ele precisa descansar mais, continuar por lá. Estou com ele há 15 anos e nunca o vi descansar", declarou ela ao jornal Correio Braziliense.

“A volta de Bolsonaro é motivo de discussão entre antigos assessores e ministros de Bolsonaro. Há uma divisão. Um grupo avalia que, ao permanecer nos EUA, ele reforça a imagem de alguém que está fugindo dos processos no Judiciário brasileiro, além de deixar a oposição sem uma liderança. Já outro núcleo de aliados defende que ele permaneça fora do Brasil por apreensão com o avanço das investigações e o desgaste da imagem de Bolsonaro”, ressalta a reportagem. 

>>> Bolsonaro fala em voltar ao Brasil em março e admite risco de ser preso

Em uma entrevista ao jornal estadunidense The Wall Street Journal, Bolsonaro disse que poderá retornar em março, apesar de não ter definido uma data específica. Na ocasião, ele admitiu que teme ser preso após desembarcar no Brasil. "Uma ordem de prisão pode surgir do nada", disse ele. 

Jair Bolsonaro é alvo de cinco inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF) e de duas ações penais, nas quais é réu. Na semana passada, Bolsonaro teve sete pedidos de investigação contra si remetidos à primeira instância pela ministra do STF Cármen Lúcia. Fora da Presidência da República, ele perde a prerrogativa de foro. 

Ele também é investigado por incentivar seus apoiadores a promoverem os atos terroristas do dia 8 de janeiro, em Brasília, quando militantes bolsonaristas e de extrema direita depredaram as sedes dos Três Poderes. 

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