HOME > Brasil

Ampliação do escopo da CPMI dos atos golpistas acende alerta na cúpula das Força Armadas

Receio está ligado à possibilidade de que integrantes da atual cúpula militar, que ocupavam cargos de destaque no governo Bolsonaro, sejam convocados a depor

Militares (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - A ampliação do escopo das investigações da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas do dia 8 de janeiro está causando tensões entre os membros das Forças Armadas. Segundo a coluna da jornalista Bela Megale, de O Globo, o receio está ligado à possibilidade de que integrantes da atual cúpula militar, que ocupavam cargos de destaque no governo Jair Bolsonaro (PL), sejam convocados a depor, caso as apurações abranjam o período até 2022.

O sinal de alerta na caserna foi ligado em decorrência do grande número de pedidos de convocação de militares e pela declaração da senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPMI, de que as investigações vão abranger o período compreendido entre a derrota eleitoral do ex-mandatário até os atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro, quando militantes bolsonaristas e de extrema direita invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília. 

O senador Rogério Carvalho (PT-SE) afirmou, em entrevista à reportagem, que o colegiado irá investigar o "histórico dos ataques à democracia" que culminaram na invasão dos prédios dos Três Poderes.

A falta de definição sobre o período específico que será alvo das investigações tem causado apreensão entre os militares da ativa e da reserva, uma vez que não é possível determinar quais membros das Forças Armadas podem ser convocados. 

“Além dos pedidos de convocação de militares ligados a Jair Bolsonaro, como os ex-ministros Augusto Heleno, Walter Braga Netto, e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Lula, Gonçalves Dias, também deve ser ouvido. Outros membros das Forças Armadas que estão no alvo da CPI são os integrantes do GSI que atuaram na área de inteligência do governo desde Heleno até o 8 de janeiro”, ressalta a reportagem. 

Há também a preocupação de que as investigações da CPMI acabem por  aprofundar as divisões entre os militares da reserva, em sua maioria ainda apoiadores de Bolsonaro, e os da ativa, que têm priorizado uma conduta institucional.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: