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Anielle Franco critica 'piada racista' de Léo Lins sobre morte de Marielle

'Não dá pra gente ainda achar graça de piada racista, né?', disse a ministra da Igualdade Racial

Anielle Franco (à esq.) e Léo Lins (Foto: ABR | Reprodução)

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247 - A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, criticou nesta quinta-feira (18), no Ceará, uma piada feita pelo humorista Léo Lins sobre a morte da ex-vereadora da cidade do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL), assassinada pelo crime organizado em março de 2018 na região central do município onde ela tinha mandato. Anielle é irmã da ex-parlamentar. 

"Não dá pra gente, em pleno [ano de] 2023, ainda achar graça de piada racista, né?", disse ela no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, em Fortaleza, capital cearense. "Acho que não é a censura que está em discussão. O que está em discussão é que ninguém gosta de ser rechaçado ou ter sua imagem vinculada a algo que não acredite. Ninguém gosta de piada sem graça, que venha a ter um conflito com a honra, com a memória da pessoa", complementou. 

Em uma apresentação no ano passado, Léo Lins afirmou: "pensei em mais um desenho, seguinte cena: está lá no inferno, o diabo, os demônios, aí um fala ‘pô, quem que deixou ela beber, acabei de limpar o chão. Mostra, tá a Marielle com drink, tudo vazando pelos furos. Isso no mês que ela morreu. Será que eu seria um gênio?".

Caso Marielle

A então vereadora Marielle Franco foi assassinada em março de 2018 pelo crime organizado. Os atiradores efetuaram os disparos em um lugar sem câmeras na região central do município do Rio e, antes do crime, havia perseguido o carro onde ela estava por cerca de três, quatro quilômetros. 

Marielle era ativista de direitos humanos e tinha o seu mandato na Câmara Municipal do Rio marcado por denúncias contra a violência policial nas favelas e também criticava a atuação de milícias. 

Duas pessoas foram presas. O ex-policial Ronnie Lessa, que, de acordo com as investigações, deu os tiros em Marielle. Ele morava no mesmo condomínio de Jair Bolsonaro no município do Rio. O outro preso foi Élcio Vieira de Queiroz, de 46 anos e que, segundo as investigações, dirigia o carro no momento do crime. Queiroz também chegou a aparecer em uma foto com Bolsonaro, que teve o seu rosto cortado na imagem.

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