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Após Bolsonaro se tornar inelegível, PT quer bloquear discurso de vitimização do ex-mandatário

Partido quer neutralizar estratégia de vitimização de Jair Bolsonaro para reduzir o seu capital político nas próximas eleições

Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Carla Carniel)

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247 - Integrantes da cúpula do PT avaliam que apesar de ter se tornado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Jair Bolsonaro (PL), ainda possui capital político suficiente para mobilizar a oposição contra os planos do partido. Diante disso, o PT planeja implementar uma estratégia focada nas redes sociais com o objetivo de neutralizar o discurso de que Bolsonaro foi vítima de um julgamento político do tribunal eleitoral.

Segundo a Folha de S. Paulo, o partido não deseja que os escândalos envolvendo o ex-mandatário se percam no meio da narrativa bolsonarista, que tenta limitar o caso à reunião convocada em julho do ano passado para apresentar informações falsas sobre o processo eleitoral brasileiro.

Quando questionados sobre o risco de fortalecimento de Bolsonaro por meio de sua vitimização, aliados e interlocutores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmam que ignorar as irregularidades do governo passado abriria um precedente perigoso. O PT acredita que uma postura mais ativa é necessária para conter o bolsonarismo em um momento político conturbado.

“As suspeitas envolvendo a compra de imóveis pela família do ex-presidente, a doação de joias para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e os diálogos com cunho golpista de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens dele, são assuntos que o PT pretende explorar”, destaca a reportagem.

Mesmo sem poder concorrer nas próximas eleições, Bolsonaro ainda pode transferir os votos da base bolsonarista para um candidato de seu grupo político. De acordo com membros do PT, a parcela que pode chegar a cerca de 30% do eleitorado do país é suficiente para levar o apadrinhado de Bolsonaro ao segundo turno, e o PT busca reduzir esse potencial de transferência de votos.

Apesar disso, o PT ainda não tem uma visão clara de quem poderá ser o candidato ungido por Bolsonaro nas eleições de 2026. Apesar de petistas mencionarem o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como um possível herdeiro do bolsonarismo, integrantes do Palácio do Planalto têm dúvidas se ele arriscará seu futuro político em uma disputa desse porte já em 2026.

Além dele, os nomes dos governadores de Minas, Romeu Zema (Novo), e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), são apontados como possíveis candidatos de oposição na corrida presidencial.

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