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Após denúncias de brasileiros, Google retira do ar jogo que estimula a escravidão

Jogo oferecia escravização de pessoas negras como 'forma de entretenimento'; app levanta debate sobre racismo e responsabilidade das plataformas

(Foto: Reprodução)

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247 - O Google decidiu remover o ‘jogo’ ‘Simulador de Escravidão" que estava disponível para download na plataforma Google Play. O jogo foi alvo de denúncias por parte de usuários e também do deputado Orlando Silva (PCdoB), relator do PL das Fake News que, dentre outras temáticas, fala sobre a regulação das big techs. 

De acordo com reportagem do site Ponte Jornalismo, a remoção do aplicativo ocorreu por volta das 13h, conforme relatado por usuários do Google Play. 

“Entraremos com representação no Ministério Público por crime de RACISMO e levaremos o caso até às últimas consequências, de preferência a prisão dos responsáveis. A própria existência de algo tão bizarro à disposição nas plataformas mostra a URGÊNCIA de regulação do ambiente digital”, escreveu o deputado Orlando Silva em sua conta no Twitter. 

A reportagem destaca que  o 'jogo' foi baixado por mais de 1.000 pessoas e tinha classificação indicativa livre na plataforma. Sua descrição promovia a compra e venda de "escravos no mercado", permitindo também a distribuição dos mesmos em diferentes empregos para obter dinheiro. O jogo apresentava um desenho de um homem negro coberto apenas por algo semelhante a uma cueca, algemado no pescoço, mãos e pernas.

Em nota, o Google disse que: “temos um conjunto robusto de políticas que visam manter os usuários seguros e que devem ser seguidas por todos os desenvolvedores. Não permitimos apps que promovam violência ou incitem ódio contra indivíduos ou grupos com base em raça ou origem étnica, ou que retratem ou promovam violência gratuita ou outras atividades perigosas. Qualquer pessoa que acredite ter encontrado um aplicativo que esteja em desacordo com as nossas regras pode fazer uma denúncia. Quando identificamos uma violação de política, tomamos as ações devidas”.

A empresa Magnus Games, listada como responsável por disponibilizar o jogo na Google Play, também foi contatada pela reportagem por e-mail, mas não respondeu. Há suspeita de que o dono da desenvolvedora de games Magnus Games seja de origem russa ou ucraniana. 

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