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Após tirar Abin do controle militar, Lula indica ex-chefe da PF para comandar agência de inteligência

Indicação do ex-diretor-geral da Polícia Federal Luiz Fernando Corrêa para o comando ocorre um dia após o controle da Abin sair da esfera do GSI

Presidente Lula e Abin (Foto: Reprodução/Abin | REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Reuters - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou o ex-diretor-geral da Polícia Federal Luiz Fernando Corrêa para o comando da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), segundo mensagem ao Senado, a quem cabe analisar a indicação, publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira.

A indicação vem um dia depois da publicação no DO de decreto assinado por Lula que tira a Abin do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), tradicionalmente comandado por um militar, e coloca o órgão de inteligência na estrutura da Casa Civil da Presidência da República.

Corrêa dirigiu a Polícia Federal de 2007 a 2011, período que englobou o segundo mandato presidencial de Lula e o início do primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff. Depois, de 2011 a 2016, foi o responsável pela segurança da Olimpíada de 2016, disputada no Rio de Janeiro.

No primeiro mandato de Lula, o indicado à Abin também foi secretário nacional de Segurança Pública de 2003 a 2007.

>>> Lula transfere agência de inteligência do GSI para Casa Civil 

As mudanças na Abin vêm quase dois meses após os ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram o Palácio do Planalto e os prédios do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF), no que foi classificado por Lula como uma tentativa de golpe de Estado.

Na ocasião, a atuação do GSI, responsável pela segurança do Planalto; e da Abin, encarregada de antecipar a possibilidade de eventos como o de 8 de janeiro, foram alvos de críticas.

As Forças Armadas também foram criticadas por terem permitido, nos dias que antecederam os ataques, acampamentos de bolsonaristas inconformados com a vitória de Lula na eleição de outubro em frente a unidades militares de todo o país.

O acampamento de apoiadores de Bolsonaro em frente ao quartel-general do Exército abrigou vândalos que participaram dos ataques, disseram investigadores. O então comandante do Exército foi substituído após o episódio.
 

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