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Avanço das investigações do caso Marielle Franco leva PF a oferecer proteção a quem colaborar com as apurações

Polícia Federal adotou medidas preventivas diante da possibilidade de pressões e ameaças contra os familiares dos colaboradores

Marielle Franco | Polícia Federal (Foto: Bernardo Guerreiro/Mídia NINJA | Reuters)

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247 - O avanço nas investigações da Polícia Federal (PF) sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes elevou a preocupação da corporação com a segurança dos familiares dos investigados que colaboram ou estão em negociação para auxiliar na apuração do caso. 

Segundo a coluna da jornalista Andréia Sadi, do G1, “a  PF possui um programa sofisticado de proteção destinado a colaboradores de investigações, disponibilizando esse aparato nas tratativas com potenciais informantes. Nos bastidores, há uma crescente preocupação com a possibilidade de pressões e ameaças contra os familiares dos colaboradores, o que levou a PF a adotar medidas preventivas.

Neste final de semana veio à tona a informação de que o ex-policial militar Ronnie Lessa, responsável pelos disparos contra Marielle, fechou um acordo de delação premiada com a PF e estaria colaborando com as investigações. 

O advogado Bruno Castro, um dos responsáveis pela defesa de Ronnie Lessa, afirmou que seu cliente tinha preocupações com a família caso viesse a falar sobre o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco (Psol). O ex-PM apontou o conselheiro do Tribunal de Contas (TCE-RJ) Domingos Brazão como um dos mandantes do homicídio. 

No entanto, a PF emitiu uma nota esclarecendo que, até o momento, apenas Élcio Queiroz, que dirigiu o automóvel utilizado no crime, formalizou um acordo de colaboração homologado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Ainda conforme a reportagem, investigadores ligados ao caso ressaltam que “Élcio Queiroz, ao decidir pelo acordo de colaboração – que, inclusive, foi firmado fora do Rio de Janeiro – pediu proteção para a família, e que a maior proteção para os envolvidos, justamente, ‘é falar’. A PF não divulga tratativas de delatores para evitar janelas de pressão a investigados e familiares”. A expectativa é que o caso Marielle e Anderson seja solucionado ainda no primeiro semestre deste ano. 

Fontes com acesso às investigações revelaram que o caso está inserido em um "ecossistema" de diferentes frentes de crimes no Rio de Janeiro. Desde que a PF intensificou suas ações contra a criminalidade no estado, milicianos desencadearam uma guerra particular em busca de domínio territorial e poder. 

Um ministro ouvido pela reportagem expressou surpresa com o nível de envolvimento entre a milícia e a política, comparando a situação à violência registrada em países como a Colômbia.  Além disso, há a avaliação de que ocorre um movimento de "queima de arquivo" entre os criminosos.

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