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    Bolsonaro cede à 'velha política' e pode dar ao centrão liderança do governo e Ministério da Saúde

    A articulação do governo Bolsonaro fracassou mais uma vez na votação sobre o Fundeb na Câmara dos Deputados. Ficaram evidentes as fragilidades da liderança do Major Vitor Hugo, da ala bolsonarista do PSL. Isto pode levar Bolsonaro a cair de vez nos braços do centrão, expoente do fisiologismo e da 'velha política', que o presidente jurava que ia banir

    Jair Bolsonaro (Foto: Carolina Antunes - PR)
    José Reinaldo avatar
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    247 - Jair Bolsonaro ficou decepcionado com o desempenho dos seus seguidores no PSL e decidiu aumentar o espaço do centrão no governo. O Palácio do Planalto cogita entregar mais cargos de primeiro escalão ao bloco. Na campanha eleitoral Bolsonaro prometeu acabar com o que ele chama de 'velha política'. Hoje parece cada vez mais dependente desse bloco, caracterizado pelo chamado toma lá dá cá.

    Jair Bolsonaro avalia dar ao centrão a liderança do governo na Câmara e o comando do Ministério da Saúde. 

    O titular do Planalto já externou a aliados sua intenção de promover mudanças na articulação política de seu governo. 

    Reportagem dos jornalistas Gustavo Uribe e Julia Chaib relata que Bolsonaro reiterou essa intenção após a aprovação na Câmara nesta quarta-feira (22) da proposta que torna permanente o Fundeb. 

    Na votação do fundo da educação o governo Bolsonaro sofreu fragorosa derrota. Inicialmente,   tentou desidratar o texto e adiar a vigência do fundo para 2022. Com o risco de derrota, passou a apoiar a proposta em troca do compromisso de líderes partidários de endossar a criação do Renda Brasil, projeto de assistência social que pode substituir o Bolsa Família.

    Bolsonaro se irritou com a atitude de seis deputados bolsonaristas do PSL, que, mesmo com a mudança de posição do governo, votaram no primeiro turno contra o Fundeb, expondo uma fragilidade na articulação do Planalto e deixando a derrota à mostra. 

    Bolsonaro já mandou demitir a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) da vice-liderança do governo no Congresso. Ela foi um votos contrários ao Fundeb.

    O presidente avalia agora acomodar Vitor Hugo, aliado de primeira hora, em uma autarquia federal e nomear o deputado Ricardo Barros (PP-PR) como líder do governo. 

    Toda a preocupação de Bolsonaro é garantir votos para futuras votações de interesse do governo, como a reforma tributária, e atender a um pleito dos deputados do centrão, que querem nomear um nome do grupo para a articulação política.

    O nome de Ricardo Barros é avaliado por Bolsonaro para assumir o Ministério da Saúde após a saída do atual ministro, o general Eduardo Pazuello. O militar já disse ao presidente que, após o arrefecimento da crise da Covid-19, deixará a pasta.

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