Bolsonaro diz que fará consulta popular sobre vetos a projeto das Fake News
Disseminador de notícias falsas, Bolsonaro disse que “se o projeto chegar bom, a gente sanciona”, mas se chegar para ele do jeito que foi aprovado pelo Senado irá vetá-lo
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que irá consultar a opinião pública para decidir sobre sanção a projeto que trata das chamadas fake news, mas adiantou que se a Câmara aprovar o texto encaminhado pelo Senado, haverá vetos.
O presidente se disse favorável à “liberdade total da mídia” e citou processo a que responde na Justiça Eleitoral devido a suposto impulsionamento de mensagens via aplicativo.
Bolsonaro disse que “se o projeto chegar bom, a gente sanciona”, mas se chegar para ele do jeito que foi aprovado pelo Senado irá vetá-lo.
“E mais ainda: em se passando na Câmara, que acho difícil, mas se passar... tenho 15 dias para sancionar ou vetar. O pessoal, a opinião pública vai dizer qual artigo deve ser vetado e qual não deve ser vetado”, anunciou, na tradicional live de quintas-feiras no Facebook.
O chefe do Executivo afirmou que “faz parte do jogo democrático” o veto, assim como a prerrogativa do Congresso de tentar revertê-lo. Calculou, no entanto, que o projeto passou com uma margem apertada no Senado —o texto principal foi aprovado por 44 a 32— e que uma derrubada do veto pode se mostrar mais difícil neste caso.
“Com todo o respeito que tenho ao Parlamento... se for aprovado na Câmara, chegando para mim o projeto, eu vou fazer uma consulta popular sobre o que deve ser vetado ou não, e a gente vai vetar”, disse.
Ao tramitar pelo Senado, o controverso projeto mobilizou tanto críticas quanto elogios, além de muitas sugestões.
AUXÍLIO EMERGENCIAL
Na transmissão, Bolsonaro ponderou que o governo federal já está endividado, mas reafirmou a prorrogação do auxílio emergencial por mais duas parcelas de 600 reais.
Aproveitou para mais uma vez pedir a governadores e prefeitos que afrouxem as regras de distanciamento e isolamento social por conta da epidemia de Covid-19, de forma a reativar as economias locais.
“Assinei o decreto nesta semana, presentes os presidentes da Câmara e do Senado, então mais duas parcelas de 600 reais”, disse, acrescentando que o governo não poderá “continuar” o pagamento “por muito tempo”.
Referiu-se, ainda, à carga tributária e à burocracia, como grandes problemas do Brasil.
Bolsonaro também adiantou que deve viajar a Santa Catarina, no sábado, para sobrevoo de regiões atingidas por ciclone e disse estar à disposição dos governadores da região.
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