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Bolsonaro fez "achaque contra ministros do STF", diz Cármen Lúcia

Tribunal Superior Eleitoral forma maioria para tornar Bolsonaro inelegível por oito anos a partir de 2022

Ministra Cármen Lúcia, do STF (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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247 — Com o voto da ministra Cármen Lúcia, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formou maioria nesta sexta-feira (30/6) para tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível por oito anos, a contar das eleições de 2022. O ex-candidato a vice-presidente na chapa, general Walter Braga Netto, foi excluído da ação de autoria do PDT, que acusava a chapa de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante reunião do então presidente com embaixadores estrangeiros.

Ao votar para condenar Bolsonaro, Cármen declarou que o ex-presidente fez “um monólogo” na ocasião para se autopromover e desqualificar o Judiciário, com “ataque deliberado” e “exposição de fatos que já tinham sido refutados por esse TSE”. O placar fechou em 5 a 2 para tornar Bolsonaro inelegível até 2030.

“O que está aqui não é um filme, o que está em apreciação é uma cena, aquilo que aconteceu e pelo qual não se controverte nos autos. Ocorreu, portanto, essa reunião e nessa reunião, num monólogo, o primeiro investigado, que era presidente da República, a menos de três meses das eleições, que se cuidava ali de uma exposição basicamente sobre alguns temas, todos eles relativos à eleição. Esse é o objeto”, ressaltou a ministra.

O relator do caso, ministro Benedito Gonçalves, votou pela inelegibilidade do ex-presidente e foi acompanhado por Floriano de Azevedo, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes. Os ministros Raul Araújo e Nunes Marques votaram contra.

O julgamento chegou à sua quarta sessão nesta sexta. Cármen Lúcia foi a primeira a votar. A ministra considerou que não há controvérsia no caso e acompanhou o relator. A ação em análise é de autoria do PDT, que alegou que o ex-presidente atacou o TSE, o STF e seus ministros durante o evento com embaixadores, além de questionar a confiabilidade dos resultados das eleições de 2022.

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