Bolsonaro prepara contra-ataque à CPI do genocídio no Senado
Jair Bolsonaro fez nos últimos dias discursos voltados para mobilizar sua base de extrema direita contra a CPI do genocídio e acionou ministérios para reunir informações e rebater focos de apuração. Negacionismo do ocupante do Planalto é responsável por mais de 390 mil mortes
247 - Jair Bolsonaro realizou atos nos últimos dias e mandou seus ministérios reunirem argumentos para combater as investigações da CPI do genocídio.
Às vésperas da instalação da CPI da Covid, senadores que compõem a comissão afirmam que esses atos recentes de Jair Bolsonaro, saindo em defesa do ex-ministro Eduardo Pazuello e das ações que seu governo tomou e que levaram à morte de mais de 390 mil pessoas, representam uma tentativa de mobilizar a base bolsonarista para combater a CPI.
Os parlamentares já perceberam que o governo monta duas frentes de atuação: enquanto o presidente acirra sua retórica, o governo reúne documentos para contra-atacar as investigações da CPI, que será instalada nesta terça-feira (27).
O governo está em minoria na CPI, conta com apenas 4 dos 11 membros titulares. O presidente é o senador do Amazonas Omar Aziz (PSD),independente. O maior temor de Bolsonaro é a relatoria destinada a Renan Calheiros (MDB-AL).
Diante dessa realidade, o ocupante do Palácio do Planalto acentuou seu discurso negacionista e os ataques a outros Poderes da república e a governos estaduais, com a finalidade de mobilizar sua base de apoio
Quanto aos focos de apuração, o governo, através da Casa Civil Casa Civil, encaminhou um ofício para 13 ministérios contando as 23 principais acusações contra o governo relativas ao enfrentamento da pandemia, pedindo que cada pasta envie respostas a esses pontos, informa a Folha de S.Paulo.
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